O candidato a prefeito de Passo Fundo Celso Dalberto foi o último entrevistado do programa Canal de Notícias da UPFTV. A entrevista encerrou a série que ouviu os cinco candidatos a prefeito de Passo Fundo. Elas foram reproduzidas pela Rádio UPF e também pelo jornal O Nacional. Desde 2010, ON, UPFTV e Rádio UPF fazem, em parceria, as entrevistas com os candidatos locais nas disputas eleitorais. Celso Dalberto, do PSOL, tem como candidato a vice Tércio de Quadros Antunes.
Por que o senhor quer ser prefeito de Passo Fundo?
Celso Dalberto: Estou colocando o meu nome mais uma vez a candidatura de Passo Fundo porque entendo que estou preparado para discutir as principais questões do nosso município. Questões de saúde, educação, de gênero, de transporte, questão de acessibilidade. Entendemos que estamos preparados para administrar Passo Fundo.
Que propostas a sua candidatura defende?
Celso Dalberto: Além das questões prioritárias, que são saúde, educação e transporte, nós achamos que há questões que devem ser discutidas, como a questão de gênero. Porque a questão de gênero, hoje, é uma questão que leva à violência. Vemos todos os dias agressividade às pessoas porque [elas] são diferentes. Essa aceitabilidade tem de haver na discussão, a partir da escola e do local de trabalho. A prefeitura, o gestor municipal, tem de ter esse conhecimento e a inclusão. Nós vemos que nos nossos programas, há a preocupação para que todos sejam incluídos. Para as Pessoas com Deficiência (PCD) nós trabalhamos nessa lógica para inclusão de todos na administração municipal.
Essa questão de gênero, ela não está incluída no debate como um todo na campanha eleitoral. O senhor acha que o papel do PSOL é justamente promover esse debate?
Celso Dalberto: Nós do PSOL temos uma proposta, em âmbito nacional, que nós trazemos para o município, que é uma questão essencial, como a questão de gênero. A questão do racismo também é muito forte, a nossa região não a tem só com o negro, mas com o índio, com a mulher, com os LGBTs. Então, nós queremos priorizar essa discussão. Porque a gente sabe que uma discussão não feita nesse meio acaba gerando violência e nós trabalhamos com a prevenção da violência. Nossa proposta de segurança pública para o município é a prevenção à violência.
O senhor se apresentou a candidato em 2008 também. Alguma diferença de lá para cá?
Celso Dalberto: A diferença de lá para cá é um conhecimento maior que nós adquirimos. Mesmo tendo um espaço pequeno de televisão nos programas eleitorais, nós estamos conseguindo passar, para a população de Passo Fundo, uma proposta diferenciada das demais candidaturas. Hoje eu me sinto preparado. O PSOL está representado em âmbito nacional, temos também uma boa representação no Estado e temos uma proposta de governar com a participação popular. Nós entendemos que a participação popular é no dia a dia, não só na eleição. Eu vejo que os problemas apontados para o município talvez sejam os mesmos que em 2008. Educação, saúde, transporte e trânsito. Eles não foram solucionados. Nós entendemos que a solução desses problemas se dá a partir de uma educação, mas de uma educação infantil na qual haja uma inclusão até o ensino médio e, após, o ensino superior. Então nós temos que trabalhar a questão da cultura. Nós propomos também que a nossa juventude de Passo Fundo não tem um espaço público adequado ao lazer e a cultura. Foram implementadas algumas políticas mais centrais, mas não existe uma política pública destinada à nossa juventude. Nós entendemos que, outra questão importante, são os espaços nos quais nós possamos apresentar a diversão e a participação.
Considerações finais.
Celso Dalberto: Eu, professor Celso, sinto-me preparado para assumir a administração de Passo Fundo. Nós temos propostas expostas, nós temos debatido com a comunidade. A questão do transporte público, que é essencial, nós defendemos a licitação imediata. Nós achamos que tem de ser democratizado o acesso ao transporte público. Essa democratização se dará com a redução da passagem. Também defendemos corredores de ônibus na parte central para que as pessoas possam se dirigir com mais facilidade e passem a usar menos o veículo e mais o transporte público.