Mais limpa e menos agressiva

Promotores e juízes eleitorais destacam pontos positivos e negativos das eleições municipais de 2016

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A corrida eleitoral de 2016 teve mais pontos positivos que negativos. É esta a opinião dos juízes e promotores eleitorais do município, responsáveis pela parte jurídica e fiscalizadora do processo. De acordo com o juiz eleitoral da 33ª Zona Eleitoral, João Marcelo Barbiero de Vargas, um dos aspectos positivos do pleito foi a baixa quantidade de sujeira nas ruas. O chamado “derrame de santinhos” – antes compreendido como propaganda irregular – passou a ser crime a partir da Minirreforma Eleitoral sancionada no ano passado. “Não houve tanta distribuição de material gráfico, os famosos santinhos, que sempre eram espalhados na noite da véspera da eleição. Neste ano a cidade estava mais limpa, o que é um ganho para a democracia”, afirmou. A opinião é compartilhada pelo promotor eleitoral, também da 33ª Zona Eleitoral, Marcos Petry. “De modo geral vimos uma eleição com menos sujeira nas ruas, menos propaganda, no que comparado com outros anos. Este foi um processo eleitoral mais enxuto, o que tornou-o mais interessante”, pontuou.

Ainda de acordo com Petry, o maior percentual de ocorrências envolveu a popular boca de urna e carros com adereços de candidatos próximos aos locais de votação – ambos caracterizados como propaganda irregular. As denúncias puderam ser encaminhadas ao Ministério Público tanto no sábado quanto no domingo. “Já esperávamos um certo número de denúncias. Trabalhamos junto com a Brigada Militar, buscando apurar o que merecia ser apurado. Algumas questões ainda vão ser avaliadas nas próximas semanas”, contou Petry. Pelo menos duas prisões foram registradas por boca de urna no município, além de outras quatro remoções de automóveis estacionados em locais próximos a locais de votação. Mesmo com ocorrências, o percentual foi menor que o de anos anteriores. “Foram recebidas denúncias e processos, mas uma quantidade menor que em outros anos, conforme o apurado até aqui. O próprio dia das eleições teve menos ocorrências, mas foi bem mais tranquilo que em outros anos”, comentou o juiz eleitoral. “Tivemos uma campanha com bem menos ataques. De maneira geral, as eleições tiveram um ganho bastante positivo”, finalizou.


Sem sujeira nas ruas
A distribuição do material impresso foi mais criteriosa e, raras exceções, ninguém esparramou milhares de folhetos na véspera. Em eleições anteriores, as propagandas cobriam as calçadas nas proximidades dos locais com seções eleitorais. O rigor da nova legislação restringiu o material de campanha. Os famosos santinhos, distribuídos de mão em mão, quando não levados para casa foram dispensados nas lixeiras. Ruas limpas, também graças à educação dos eleitores.

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