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Reeleito, o conhecido como Tchêquinho destaca seus projetos de maior relevância do primeiro mandato e revela os planos para o próximo na Câmara

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O fusca do ano de 1969 é o braço direito de Tchêquinho. ?EURoeFaço questão que ele apareça?EUR?, conta.O fusca do ano de 1969 é o braço direito de Tchêquinho. ?EURoeFaço questão que ele apareça?EUR?, conta.
O fusca do ano de 1969 é o braço direito de Tchêquinho. ?EURoeFaço questão que ele apareça?EUR?, conta.
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Pintado com faixas das cores laranja e azul, o fusca ano 1969 do vereador reeleito Renato Orlando Tiecher (PSB) – também conhecido como Tchêquinho – chama atenção por onde passa. “Quando virei vereador, as pessoas perguntavam: 'sabe quem é o Tchêquinho? É aquele do fusquinha'. Ele me identifica mesmo e eu faço questão que ele apareça”, conta.

 

Aos 43 anos, segue para o segundo mandato da Câmara. Dos 18 projetos já protocolados por ele na Casa, um se destaca pelo seu teor polêmico: Tiecher sugere proibir o consumo de bebidas alcoólicas nas vias públicas da cidade. Após uma série de audiências públicas, o projeto deve ir para votação entre os dias 14 e 19 de dezembro.

 

Eleito pela primeira vez, em 2012, com 992 votos, Tchêquinho aumentou seu quociente para 1.953. Por isso afirmou o compromisso de dobrar o trabalho nos próximos quatro anos que tem pela frente. “Dobrei o número de votos e quero dobrar o trabalho na Câmara”.

O caminho até a Câmara


Seu irmão, Benhur Tiecher, também apelidado de Tchêquinho – que compôs a bancada da Casa entre 1992 e 2000 – foi a principal motivação para que Renato seguisse o rumo da política. Antes de 2012, ele não pensava em ser vereador, mas optou por lançar o nome pelo apoio que teve do irmão e da família. Antes disso, tinha como emprego o arrendamento da pedreira herdada do avô. “Comecei a ajudar o meu pai a trabalhar lá quando tinha uns sete anos. Ajudava ele a carregar pedras e a fazer tudo que fosse necessário”, lembra. Mais de 30 anos depois, desafiou-se na política.

 

“Quando comecei a ser vereador, me identifiquei totalmente com isso. Não adianta ter três ou quatro empregos e não fazer nenhum decente. Eu comprovo: sou só vereador e dobrei a votação. Eu tive todo o tempo pra dar atenção pras pessoas”. Na tribuna, Tiecher se destaca pela forma com que desenvolve seus discursos. “Não sou um intelectual e nem pretendo ser. Sou do jeito que sou mesmo. As vezes faço os discursos e erro uma palavrinha ou outra, mas não tem problema nenhum, não me incomoda em nada isso aí”, defende.

 

Além de vereador, Tiecher também tem relação estreita com o esporte: foi seis vezes campeão, duas vezes vice-campeão e tem título estadual em jogo de bocha. Além disso, também participou do campeonato brasileiro da modalidade. “Só não fui mais para frente porque não gosto de viajar. Quando eu for deputado vou viajar, mas enquanto for vereador vou ficar na cidade. Acho desnecessário gastar pneu a toa. Tem uns congressos aí que fazem dos vereadores, mas não vou ir nessas coisas”, debate. Casado, é pai de dois filhos: Vitor Orlando Tiecher Neto (10) E Renato Orlando Tiecher Filho (1).

O que já fez
Até agora, Tiecher já protocolou 18 projetos e, segundo ele, cerca de 600 pedidos de providência. “O pedido de providência é quando você ouve as pessoas, vai nas casas, não deixa passar despercebido aquele pedido. As pessoas querem atenção, né? Por mais que as vezes esse não seja exatamente o trabalho do vereador, é esse o sistema. E é um sistema bom; é um sistema que você tem que estar presente com as pessoas diariamente, porque na hora do voto tem muita cobrança do tipo 'agora você aparece'”, opina.

 

O projeto mais polêmico de Tiecher é um que ainda tramita na Câmara: ele sugeriu a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas. A matéria já foi arquivada, desarquivada e segue em trâmite há mais de um ano. A previsão é que seja votada nas sessões do dia 14 e 19 deste mês. “Eu já fiz audiência pública, já participei em audiência com promotores, já discuti em radio e já dei depoimento umas 50 vezes. Não tem mais o que fazer. Isso é só ir pra votação agora e parar de encher o saco e ser aprovado”, desabafou.

 

De acordo com Tchêquinho, se o projeto não for para votação no ano que vem, ele será desarquivado no próximo ano para ser votado pelos novos vereadores. Outra matéria de sua autoria já sancionada pelo Executivo é a que obriga as agências bancárias a colocarem barreiras visuais na frente dos caixas eletrônicos. “É pra dar o mínimo de segurança. Não vai mudar toda a segurança de Passo Fundo, mas vai ajudar em algumas situações”, apontou.

O que pretende fazer

Para o próximo mandato, Tiecher pretende protocolar um projeto que determina que todos os novos loteamentos de Passo Fundo não tenham asfalto, mas calçamento com paralelepípedos. “Temos uma cidade com mais de 30 pedreiras e muitas delas desativadas. Os pedreiros que trabalhavam aqui foram para outro lugar porque aqui não calçamos uma pedra: é só asfalto. Não digo que é ruim, só digo que nos loteamentos novos temos que fazer respiração do solo e movimentar as pedreiras. Temos minas de ouro paradas na nossa cidade”, defende.

 

A longo prazo, Renato pensa em concorrer a deputado – seja estadual ou federal; “sou um soldado do partido”, destacou. “Se o prefeito Luciano sair para candidato a federal e quiser que eu faça uma dobradinha com ele na estadual, eu vou. Claro que não é nada confirmado, são apenas suposições”.

 

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