"Quero levar o conhecimento da Previdência às pessoas"

O vereador de primeira viagem, Fernando Rigon, terá a disseminação de informação sobre benefícios da Previdência como carro-chefe de seu mandato

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Natural da comunidade de Burro Preto, Fernando Rigon é formado em Administração e especializado em Direito PrevidenciárioNatural da comunidade de Burro Preto, Fernando Rigon é formado em Administração e especializado em Direito Previdenciário
Natural da comunidade de Burro Preto, Fernando Rigon é formado em Administração e especializado em Direito Previdenciário
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Eleito com 1.375 votos, Fernando Rigon (PSDB) se diz um homem politizado. “Desde a redemocratização do Brasil nunca fiquei omisso à política. Desde a primeira eleição sempre me posicionei e tive candidatos”, começa. No decorrer do tempo, no entanto, algo aconteceu. “Chegou num ponto que comecei a me decepcionar. Comecei a ver que aquelas pessoas em que coloquei meu nome pra pedir votos, primeiro somem e segundo não cumprem com o que prometem. Então se é pra fazer isso e representar outras pessoas, vou candidatar a mim mesmo”, lembra. Vereador de primeira viagem, Rigon trabalha há mais de 30 anos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Como conheço muito das leis ligadas a previdência, pretendo organizar ações de auxílio e acesso à informação para os bairros e entidades da cidade. O objetivo é levar o conhecimento da Previdência para as pessoas”.

O caminho até a Câmara
Fernando Rigon fez todo o Ensino Fundamental na comunidade de Burro Preto, no interior de Passo Fundo. Depois de terminar o Ensino Médio, no EENAV, decidiu deixar a zona rural e mudar-se para a cidade. “Com 20 anos eu não tinha muitas perspectivas em Burro Preto. Então decidi vir procurar emprego. Comecei trabalhando no comércio e depois abriu vaga no INSS. Entrei, fui contratado, efetivado e não saí mais”, lembra. Hoje Rigon trabalha na Procuradoria da instituição – setor que cuida de toda e qualquer questão jurídica, com ênfase nos cálculos judiciais. “Saí da agricultura e meses depois estava num órgão público, trabalhando com dados técnicos. Minha adaptação foi muito boa porque passei a trabalhar basicamente com pessoas. Quando comecei a resolver problemas e ter reconhecimento, foi gratificante”. Formou-se em Administração pela UNOPAR e é especializado em Direito Previdenciário. “Mesmo estando na parte jurídica, sempre dou auxílio e informação para as pessoas que me procuram. Para mim, a melhor parte de trabalhar com a questão previdenciária é essa: estar em contato com as pessoas”, detalha. Concorreu pela primeira vez a vereador em 2012, pelo PMDB. Na época, alcançou 1.075 votos, tornando-se um dos suplentes do partido. “É algo muito surreal. A expectativa da primeira eleição era fazer no máximo 500 votos. Agora o compromisso aumenta, porque somos cada vez mais avaliados”, aponta. No âmbito pessoal, Rigon é casado há 26 anos e pai de dois filhos: Lucas (23) e Leonardo (14).

Planos como vereador
É pelo contato direto com o público que Rigon pretende direcionar seu mandato para ações quem informem a população a respeito da Previdência. “Hoje a Previdência Social trabalha com benefícios. A nossa intenção é buscar parcerias com associações de moradores para capacitar pessoas para que possam dar informações básicas no próprio bairro”, explica. No mais, Rigon ainda se organiza para integrar a composição da Câmara na legislatura 2017/2020. “Ainda não temos um projeto propriamente dito organizado. No momento estamos formando a equipe de trabalho e, a partir disso, vamos pensar em um trabalho mais concreto”, explica. Nos próximos anos, sua rotina seguirá no INSS e no Legislativo. Outra ideia é instituir um gabinete itinerante. “Eu vejo que além da distância física da Câmara, as pessoas também esperam que o vereador vá até elas. Demanda tem, mas às vezes falta essa comunicação, esse caminho”, destaca.


Posicionamento político
“Vi na minha campanha que o eleitor não está mais preocupado com ideologias”, começa. Para Rigon, a população quer muito mais que suas demandas sejam atendidas do que existam líderes de representatividade. “Por isso não pretendo me envolver muito nas questões nacional. Não tenho ideologia: circulo bem entre os partidos e gosto mesmo é de trabalhar com ações voltadas para a população”, confere.


Reforma da Previdência
Questionado sobre a Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, Rigon é enfático em dizer que alterações precisam, sim, ser feitas. “Já vi pessoas se aposentando com 40 anos e hoje a expectativa de vida é acima de 70 anos. Ainda assim, acredito que ela tenha que ser mais discutida com a sociedade”, reflete. A necessidade de mudanças é pertinente, mas – para ele – talvez não devam ser tão radicais como as explícitas no projeto. “Acredito que o limite de idade é uma boa mudança, mas o projeto de 65 anos ficou muito alto. Há necessidade de um limite mínimo de idade, com certeza. Essa forma que já foi criada que é a 85/95, que forçava a pessoa a trabalhar no mínimo 30 anos, já era um bom projeto”, opinou.

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