"O dia que eu mudar de partido, saio da política"

Filiado ao PMDB há mais de 20 anos, o vereador reeleito Paulo Neckle reafirma seu compromisso com o partido e detalha futuros projetos para o próximo mandato

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Paulo Neckle (PMDB) segue para o quarto mandato da CâmaraPaulo Neckle (PMDB) segue para o quarto mandato da Câmara
Paulo Neckle (PMDB) segue para o quarto mandato da Câmara
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A escolha partidária para o vereador reeleito Paulo Neckle é questão totalmente ideológica. Por isso defende que não sairá de jeito nenhum do PMDB – partido em que ingressou em 1996, quando ainda era servidor público do município. Reeleito com 1.837 votos, ele segue para o terceiro mandato como vereador de Passo Fundo e define: “O dia em que eu resolver mudar de partido, saio da política”. Isso porque, segundo ele, rege seus feitos de acordo com os preceitos principais da sigla. “É um partido centro-esquerda, completamente moderado. Tem seus problemas – assim como têm os demais partidos, mas graças a Deus, aqui em Passo Fundo é diferente. Jamais vou mudar”, pontua.

Prestes a completar 60 anos, é casado e pai de quatro filhas – de 33, 28, 27 e 26 anos. Ele afirma que no próximo mandato protocolará um projeto ligado ao Plano Diretor – processo de atualização que acontece a cada 10 anos, que deve ser finalizado no final do próximo ano. Sobre o conteúdo, no entanto, desconversa. “Não vou dizer, mas posso garantir que vai mexer muito com a cidade. No início do próximo ano todos já vão ter ciência”, comenta.

O caminho até a Câmara
Neckle atuou como escriturário da Prefeitura por 36 anos. Em 1996 – ano de sua primeira eleição – ainda não era filiado a nenhum partido. O convite para integrar o PMDB chegou pela direção da legenda de Passo Fundo. “Solicitaram que eu assinasse a ficha e participasse da campanha como candidato a vereador. Fiquei até assustado, porque nunca pensei em exercer uma função política”, lembra. Entre uma reunião e outra, acabou aceitando o convite. “Na época surgiu um boato que naquela eleição eu não faria 200 votos. Isso só me deu mais ânimo: acabei fazendo dois mil votos e só fiquei atrás do finado Jaime Debastiani”, conta. Aos 60 anos, Neckle segue para o terceiro mandato da Câmara: entrou em 1996, ficou até 2000 e retornou em 2008 e em 2012, conforme registros da Casa. Segundo ele, representa todos os bairros, mas tem ênfase no bairro Annes – local onde reside.

O que já fez
Segundo Neckle, uma de suas principais atividades como vereador é solicitar pedidos de providência referentes a regularização fundiária. “O Plano Diretor é dividido em partes. Eu atuo muito nesta área, modificando e tornando os locais de maior fácil acesso para que as pessoas comprem lotes mais baratos. Em resumo, eu crio as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) – ações que o Executivo tem acatado”, explica. Outra questão que Neckle dá ênfase é sobre o aeroporto local: ele é o presidente da Comissão Especial do Aeroporto Lauro Kortz. “De forma direta ou indireta, todos os vereadores colaboraram para que logo tenhamos um aeroporto decente. Esta é uma demanda não apenas de Passo Fundo, mas de toda região. Ter um aeroporto decente é sinônimo de desenvolvimento para a região”, pontua.

O que pretende fazer
Neckle adianta que possui um projeto para integrar a atualização do Plano Diretor para protocolar no próximo ano. O conteúdo do mesmo, no entanto, não será revelado. “Não vou contar por enquanto, mas garanto que vai mudar muita coisa na cidade”, afirma. No próximo mandato, ele também promete ser mais rigoroso com um projeto que já vigora no município: é o que estabelece o limite de atendimento nas filas dos bancos. “Durante a semana, os clientes precisam ser atendidos em até 20 minutos e 30 minutos em vésperas e primeiros dias úteis após feriados. O porém é que alguns bancos não estão cumprindo a lei: existe a placa lá com letrinhas bem pequenas e só. Por isso vou ser mais rigoroso”, defende. Outro projeto que ele pretende protocolar novamente é sobre a obrigação da instalação de portas giratórias nas lotéricas passo-fundenses, ligadas ao convênio com o governo federal. “Uma lotérica que visitei de Ijuí era assaltada dia sim, dia não. O dono, por conta própria, colocou porta giratória e nunca mais registrou um assalto se quer. Inclusive, aumentou o número de clientes, já que ele ofereceu segurança. Enquanto fica na perda material, tudo bem. O problema é que já tivemos cidadãos mortos em assaltos nestes estabelecimentos”, pontua. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal daria suporte aos donos das lotéricas para instalação do equipamento.

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