Servidores da Polícia Civil e agentes da Susepe paralisaram nesta segunda-feira (19) contra o pacote de medidas do governo de José Ivo Sartori (PMDB). A manifestação segue até o termino da votação e há indícios de greve no setor, caso o pacote passe pela Assembleia Legislativa (AL). A manifestação da Susepe iniciou ainda no domingo (18), com a operação padrão, que seguiu nesta segunda-feira e resultou na paralisação de aproximadamente 20 agentes. Na operação padrão é garantido o almoço, a janta e a hora do banho de sol aos apenados, além de serviços emergenciais. As visitas foram reduzidas de duas por apenado para uma. As visitas são nas quartas, sextas, sábados e domingos.
De acordo com o representante do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs), José Oscar Fechner, o pacote do Sartori retira os direitos trabalhistas dos servidores. Outras medidas que afetam os agentes da segurança são o corte do plano de carreira, o aumento da carga horária e a mudança do regime de plantão, além da redução do efetivo pela parte da noite.”As vezes há demanda de mais servidores, como por exemplo quando tem escolta hospitalar ou audiência. Isso faz com que a gente tenha que remanejar agentes de outro plantão, o que acaba provocando um déficit. Quando vê tem cinco agentes em um plantão”, explica o representante.
A redução de efetivo é um dos pontos do pacote que incomoda os servidores. A cada cinco presidiários, é necessário um agente. Com 720 apenados, as contas estão longe de fechar, já que há 36 servidores na escala de serviço de plantão da Susepe, o que corresponde a 25% do necessário. O déficit é de 108 servidores.
Polícia Civil
A Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) esteve fechada, nesta segunda-feira (19) para ocorrências que não fossem consideradas emergenciais - como homicídios, suicídios, casos que envolvem Lei Maria da Penha, lesões corporais graves e crimes contra idosos e crianças. Para esta terça-feira (20), o regristro de ocorrências segue suspenso - salvo os casos descritos acima - e a categoria deve se deslocar para Porto Alegre a fim de pressionar a votação, de acordo com a representante do Ugeirm Sindicato, Dalva Azambuja. Os servidores da Polícia Civil reivindicam o subsídio cedido pelo governo Tarso, o décimo terceiro salário e o pagamento integral do salário.