A Secretaria de Relações Institucionais será a ponte de diálogo entre Legislativo e Executivo. O objetivo é facilitar o andamento das demandas dos vereadores nas diferentes na administração municipal. A mensagem foi passada ontem pelo vice-prefeito de Passo Fundo, João Pedro Nunes, PMDB, na abertura o período ordinário da Câmara de Vereadores. João Pedro destacou a importância do serviço prestado pela Câmara para o desenvolvimento da cidade.
De acordo com ele, o Executivo poderá atender as demandas da Casa através de uma secretaria especial – a recém incorporada Secretaria de Relações Institucionais, coordenada por Edison Nunes. “A Câmara é um importante agente da administração municipal porque dá voz à população; constrói a sua caminhada pelo diálogo buscando o entendimento, para construir uma cidade pujante”, citou. A ausência do prefeito Luciano Azevedo se deu pela sua participação no Seminário de Novos Gestores promovido pela Federação das Associações de Municípios do RS (FAMURS) em Porto Alegre.
O presidente da Câmara Patric Cavalcanti (DEM), destacou que, mesmo dispensados das sessões, todos os vereadores estiveram envolvidos de alguma forma nas atividades da Câmara durante o período. “Protocolamos 270 ações na Casa desde o começo do ano”, ressaltou ele, que também reforçou o desejo de bom relacionamento entre os vereadores até dezembro de 2020 – momento em que encerra a 17ª legislatura. “Cada um aqui representa uma sigla partidária, mas a intenção é que juntos contribuamos para o crescimento de Passo Fundo”, disse.
Estreias na tribuna
Com 11 vereadores novatos na Casa, a sessão de abertura contou com uma série de agradecimentos e desejos de trabalho e seriedade para os próximos anos. O representante do PTB, Evandro Meireles, foi um dos estreantes na tribuna. “Lá fora vão cobrar resultados. Ninguém quer saber de brigas e pendências que temos aqui dentro. Temos que responder as demandas que o povo precisa”, ressaltou. Outra estreia foi a de Fernando Rigon (PSDB). “No ano passado estava aqui assistindo vocês [dirigindo-se aos vereadores reeleitos]. Nunca passou pela minha cabeça representar quase 200 mil habitantes”, contou.
Também do PSDB, o mais votado, Mateus Wesp, ressaltou a necessidade de mudança na política e se mostrou otimista. “Tenho plena confiança na capacidade da Câmara de fazer a mudança que precisamos em Passo Fundo. Sou novato, dou boas vindas a todos, e vamos ao trabalho”, destacou. Já o mais jovem entre os parlamentares, Roberto Toson (PSD), pediu auxílio da comunidade para que se fortaleça o contato com o Legislativo. “Vereador não é status. Faço o convite para que a população nos acompanhe de perto. Precisamos de vocês”, disse. Ronaldo Rosa (SD), por outro lado, destacou sua experiência de falar à tribuna como vereador – e não mais como mestre de cerimônia, como fazia enquanto assumia o cargo de assessor de comunicação da Câmara. Tanto ele quanto Rafael Colussi (DEM) tiveram seus pais relacionados à Casa no passado: Ronaldo é filho do ex-vereador, Julio Rosa, e Rafael do ex-chefe de gabinete, Altair Colussi. “Vamos, inspirados em nossos pais, tentar construir um Passo Fundo melhor”, declarou Colussi.
Respeito é palavra de ordem
“Sei que vamos ter muito trabalho pela frente. Sei que essa gurizada que está começando vai acompanhar bem. Que possamos ter muita dignidade, honra e humildade neste período que está começando”, declarou o vereador reeleito pela quinta vez, Aristeu Dalla Lana (PTB). Ele é um dos parlamentares com maior tempo de permanência na Casa – está atrás apenas de Pedro Daneli (PPS), que soma seis legislaturas. O pedetista Luiz Miguel Scheis, que se junta novamente ao grupo após hiato de quatro anos, ressaltou a relação de respeito que deve haver entre grupo jovem e grupo experiente.
“Quando chegamos aqui, em 1996, os meninos [referindo-se a Wesp e Toson] tinham seus sete, oito anos. Agora estamos aqui todos juntos e espero que possamos contribuir uns com os outros pelo bem de Passo Fundo”, afirmou ele. Líder do governo desde 2013, Alex Necker (PCdoB) frisou sobre necessidade de seriedade e respeito aos posicionamentos divergentes. “O Legislativo é o espaço para a construção do diálogo e das articulações que trarão melhorias para nosso município. Em uma democracia é a pluralidade de opiniões e de pensamentos que podem nos fazer desenvolver”, sublinhou ele.
O vereador Cláudio Rufa Soldá (PP) deu boas vindas e enfatizou a necessidade de trabalhar com “humanidade e humildade”. Outro marco de sua fala foi sobre o pequeno grupo que compõe a oposição da Casa: apenas ele e outros dois representantes – Scheis e Márcio Patussi (PDT) – integram a oposição ao prefeito Luciano Azevedo. “Somos uma oposição pequena, mas vamos trabalhar do melhor jeito possível, de forma coerente”, frisou.