Vetos são mantidos e lei é encaminhada para regulamentação

Vereadores decidem por manter vetos do prefeito sobre lei que proíbe consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas. Legislação tem 180 dias para ser regulamentada antes de entrar em vigor

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Na votação, quatro vereadores manifestaram-se contrários a manter o veto da emenda de Paulo Neckle (PMDB), que delimitava horário para proibição de consumoNa votação, quatro vereadores manifestaram-se contrários a manter o veto da emenda de Paulo Neckle (PMDB), que delimitava horário para proibição de consumo
Na votação, quatro vereadores manifestaram-se contrários a manter o veto da emenda de Paulo Neckle (PMDB), que delimitava horário para proibição de consumo
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Os vetos do prefeito Luciano Azevedo foram mantidos: a lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas segue na forma de sua proposição inicial e agora será regulamentada. A partir de 180 dias – ou menos, dependendo do processo – a legislação entra em vigor. Isso significa que, fica proibido o consumo de álcool nos espaços públicos de Passo Fundo. A decisão de acatar os vetos do prefeito foi tomada na sessão da Câmara de Vereadores dessa quinta-feira (23).

 

Foi o plenário que encaminhou ao Executivo o projeto de lei aprovado em 14 de dezembro do ano passado, com duas emendas que acabavam por descaracterizar o projeto original, protocolado por Renato Tiecher (PSB) ainda em 2015. A primeira – de autoria dos ex-vereadores Eduardo Pelicioli e Márcio Tassi – entendia que só deveriam ser multados os casos de pessoas flagradas perturbando o sossego público. Seu veto foi mantido por unanimidade entre os parlamentares.

 

A outra, no entanto, gerou debate entre os presentes. Ela tratava da restrição do horário: no ano passado, o vereador Paulo Neckle (PMDB) sugeriu que a proibição se desse das 23h às 6h. Agora ele mesmo votou a favor do veto – e foi contra sua emenda. “No ano passado, quando a sugeri, entendia que não deveríamos cortar a cabeça de uma vez só”, começou. “Entendia que deveríamos proibir de um horário em diante, sem extremismos. No entanto, na última segunda-feira saí e dei uma volta pelo centro por volta das 21h. A baderna que presenciei em alguns pontos foi assustadora. Aconteceram coisas que prefiro não falar aqui”, defendeu. Desta forma, ele votou a favor do veto. O líder do governo, Alex Necker (PCdoB), por outro lado, foi um dos quatro vereadores a votar contrário a posição do prefeito.

 

Segundo ele, a proibição em horário integral do consumo afetaria estabelecimentos que, durante o período comercial, ocupam parte das calçadas com mesas. “A lei que estamos aprovando proíbe isso: são 24h de consumo proibido em toda a área pública. Penso que não é isso que todos querem”, detalhou. Além dele, os vereadores Cláudio Rufa Soldá (PP), Gleison Consalter (PSB) e Ronaldo Rosa (SD) também foram contrários ao veto do prefeito.

 

Exceções

De acordo com o texto original, a lei não proíbe o consumo em eventos realizados em locais públicos, com a autorização do Executivo, e na região de domínio de bares, quiosques, lanchonetes, restaurantes e casas de eventos. Esta questão dá de encontro com a Lei nº 3.051/1995, que permite a utilização de, no máximo, 50% da largura das calçadas para a ocupação de mesas e cadeiras – e comercialização de produtos de estabelecimentos como bares e restaurantes. Desta forma, estabelecimentos que queiram comercializar seus produtos em vias públicas poderão fazê-lo – desde que não se interrompa a entrada e saída de veículos e pessoas – entre as 6h e às 23h.

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