Novamente os servidores municipais lotaram o plenário da Câmara de Vereadores. Eles se deslocaram até a sessão na tarde de ontem (5) após ato público realizado em frente da Prefeitura. Os funcionários estão em vigília no local desde a última quarta-feira (29), como forma de pressionar o Executivo a ampliar o diálogo na proposta de reajuste de salário. O Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso) pede por 8,41% de aumento, enquanto a Prefeitura oferece – e mantém – reajuste de 5%. Em nota, o Executivo afirmou que não existe previsão de novo posicionamento. A justificativa, como afirma, está na atual situação da economia nacional, que exige cautela dos municípios. “A proposta do Executivo está acima da média dos índices oficiais de inflação. Portanto, não deverá ser feito novo posicionamento”, destacou o informe.
Uma paralisação dos servidores não é descartada. “A mobilização é legítima. A democracia nos permite isso: a vigília, a paralisação e, por quê não uma greve, caso seja necessário? Estamos prontos para isso, porque queremos as nossas reivindicações atendidas”, afirmou um dos dirigentes do Conselho Municipal de Educação (CMP), Eduardo Albuquerque. A vigília dos servidores acontece todos os dias, das 12h às 18h, e não tem prazo para terminar. “Nestes quatro anos o prefeito tem nos atendido muito gentilmente, mas nunca cedeu a nenhuma das negociações. Vamos ficar aqui o tempo necessário até sermos atendidos”, pontuou o representante dos professores.
Ordem do dia
Na mesma sessão os vereadores aprovaram por unanimidade a criação da Frente Parlamentar da Segurança Pública. A matéria proposta pelo vereador Márcio Patussi defende a disponibilização de um espaço de debate que trate de assuntos e soluções às questões relacionadas a violência a nível local. Outra intenção é acompanhar as políticas públicas direcionadas às questões de segurança e monitore a execução de planos e projetos relacionados a temática. A frente deverá ser formada por três parlamentares – presidente, vice-presidente e secretário – e contará com a presença da sociedade civil. A partir da aprovação, a frente atuará por 120 dias na Câmara e pode, mais adiante, ter sua atuação prorrogada.