Auditores fiscais da Receita Federal ameaçam entrar em greve

A categoria realizou protesto na quarta-feira (25). Se não houver regulamentação em decreto do Bônus de Eficiência até dia 31, os servidores paralisarão as atividades

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Os auditores fiscais da Receita Federal realizaram uma paralisação isolada durante toda quarta-feira (25). O protesto, denominado “Dia Nacional de Alerta”, é pela regulamentação do Bônus de Eficiência e da Lei 13.464, que trata da progressão de carreira dos servidores. Em Passo Fundo, cerca de 70% dos auditores interromperam as atividades, conforme a presidente da Delegacia Sindical (DS) de Passo Fundo da Sindifisco, Simone Machado. Durante o dia foram exercidas apenas as atividades consideradas essenciais.

A categoria afirma que a paralisação foi um aviso ao governo e que, caso a lei não seja regulamentada por meio de decreto, entrará em greve a partir de novembro.  A regulamentação é aguardada pela classe desde março deste ano. “O governo não cumpriu o acordo conosco, que já está em lei. Nós temos uma promessa do Ministério do Planejamento de fazer essa regulamentação até o dia 31. Realizamos uma assembleia nacional, no dia 9 de outubro, já prevendo todas as ações. No dia 13 deveria ter ocorrido a regulamentação da progressão de carreira dos colegas mais novos, mas não ocorreu. É um sinal de alerta nesse sentido. Uma das reivindicações não foi cumprida. A gente acredita que a regulamentação do bônus de eficiência também não ocorra até dia 31. Se não for regulamentado, a partir do dia 1º é greve geral”, enfatiza Simone.

Impactos

Em carta, o sindicato dos auditores enfatizou que o interesse não é realizar greve, já que isto acarretaria em prejuízos à economia. “A Classe tem plena ciência de sua importância para a arrecadação federal e para o cumprimento da meta fiscal do Governo, o que impacta diretamente em toda a sociedade brasileira. Uma eventual paralisação dos Auditores Fiscais, em momento crucial de recuperação econômica, certamente trará sérios prejuízos para as administrações tributária e federal. O Sindifisco Nacional reitera que não há qualquer interesse dos Auditores nesse sentido. Porém, não se avistará outra alternativa caso o Governo mantenha a postura leniente que tem adotado até agora”, apontou a categoria.

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