Votação da reforma da Previdência é adiada

Segundo Rodrigo Maia, a votação será no dia 19 de fevereiro

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou nesta quinta-feira (14), o adiamento da discussão sobre a reforma da Previdência para 2018. O assunto só voltará a ser tratado pelos deputados em fevereiro, após o recesso parlamentar. A leitura do relatório, segundo ele, será feita no dia 5 de fevereiro, enquanto a votação em primeiro turno está prevista para o dia 19, na semana seguinte ao Carnaval. Com a postergação, Maia acredita que haverá tempo para o governo alcançar os 308 votos necessários para aprovar a reforma. Na avaliação dele, o calendário eleitoral não prejudicará a votação. O presidente da Câmara disse que o eleitor vai cobrar posição dos deputados sobre o assunto, independentemente de haver a deliberação ou não.

Segundo Rodrigo Maia, houve “contaminação” do texto inicial e uma “comunicação pouco efetiva”, mas até fevereiro haverá todas as condições para colocar a proposta em pauta.

“A recepção da sociedade já melhorou muito, tende a melhorar nas próximas semanas. No dia 18, uma segunda-feira, a matéria vai estar pronta para pauta e vamos começar a votação da reforma da Previdência. A data está colocada para que cada deputado possa organizar sua programação e para que a gente possa votar essa matéria. Espero eu que a gente possa ter essa matéria aprovada porque é fundamental para o Brasil”, declarou o presidente da Câmara.

O governo defendeu até o último instante que a votação ocorresse ainda este ano. Mas não conseguiu o apoio suficiente na Câmara para garantir a aprovação da proposta. O anúncio de Maia foi feito em entrevista coletiva após reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o relator da reforma, o deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA). O adiamento para 2018 chegou a ser anunciado ontem (13) pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Mas ele foi contestado logo em seguida pelo próprio Maia e pelo Palácio do Planalto, que declararam que não havia acordo para que a votação ficasse para fevereiro. Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, Jucá defendeu que o governo admitisse abertamente que não tem os votos necessários para aprovar a reforma.

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