RS precisa voltar a ser competitivo, diz Eduardo Leite

Pré-candidato falou aos empresários de Passo Fundo durante reunião almoço de entidades

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Lideranças e partidários prestigiaram a palestra sobre Perspectivas para o RSLideranças e partidários prestigiaram a palestra sobre Perspectivas para o RS
Lideranças e partidários prestigiaram a palestra sobre Perspectivas para o RS
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Um Estado mais competitivo e menos burocrático é o que defende o pré-candidato ao governo do Estado, Eduardo Leite, PSDB. Ele falou aos empresários de Passo Fundo durante reunião-almoço promovida pela Acisa, CDL, Sindilojas e Sinduscon, no no Clube Comercial. Eduardo é advogado e ex-prefeito de Pelotas. Segundo ele, encerrou o mandato com 87% de aprovação. Por ser contra reeleição, indicou como sucessora a vice-prefeita Paula Mascarenhas, que foi eleita em primeiro turno. “Essa aprovação não aconteceu porque a cidade deixou de ter problemas, mas porque ela passou a ter soluções”, afirmou. “Agora, estamos discutindo o futuro do nosso Estado, um projeto dentro dessa mesma lógica, sabendo que o RS tem problemas históricos e muito graves do ponto de vista fiscal, de desiquilíbrio de receita e despesas, que não nos dão a condição de que tudo se resolva em quatro anos, mas eu tenho a convicção de que podemos, nesse período, retomar uma agenda de desenvolvimento que estimule e que entusiasme as pessoas em relação ao seu futuro”, disse.


De acordo com o pré-candidato, a agenda está alicerçada em melhorar as condições de competitividade do Rio Grande do Sul. “O Estado tem que voltar a ser competitivo na atração de investimentos e na geração de novos negócios”, declarou, ao afirmar que “a gente não pega alguém pelo braço e mandar investir. É necessário criar um ambiente que estimule esse investimento e esse ambiente começa com infraestrutura adequada”.


Eduardo Leite disse que é preciso reduzir a burocracia no Estado. “O RS é famoso nacionalmente por demorar mais para conceder licenças e alvarás. É mais burocrático e por isso precisamos ver os bons exemplos dos outros estados e importar para nós aqui também”. Conforme pontuou, “a tecnologia é uma grande aliada na condição de abreviar o processo burocrático, bem como novos processos, como por exemplo, licenças de adesão e compromissos onde o empreendedor lança a documentação, já tem a sua aprovação e o Estado reforça a fiscalização, mas não poda, na origem, a energia de quem quer empreender”.


A redução da carga tributária também vai estar no foco das propostas de Eduardo Leite. “A carga tributária está diretamente vinculada a um estado que é pesado e gastador”, afirmou. “Para poder reduzi-la, temos que organizar as despesas, revisar o tamanho do Estado e o custo da própria máquina. Defendemos que até o final do segundo ano de governo é possível apresentar um novo projeto para a Assembleia Legislativa de uma nova matriz tributária que começa a promover essa redução para que o RS volte a estar no patamar de alíquota de ICMS dos estados os quais nós competimos”, declarou Eduardo.


Sobre um dos gargalos enfrentados pela gestão, o atraso no pagamento dos salários, Eduardo Leite disse que o futuro governo deve ter absoluto foco no pagamento dos servidores, porque é estratégico. Não tem como falar em segurança pública, se quem faz e presta esse serviço vive a incerteza do recebimento do seu salário. Então é prioridade absoluta e por isso precisamos fazer essa revisão da estrutura da carreira de servidores para poder contingenciar o crescimento vegetativo da folha. Não se pode desprezar que o Rio Grande do Sul é o único Estado que gasta mais pagando aposentados do que servidores na ativa no Brasil. Isso precisa ser modernizada para conter o crescimento da folha de aposentados dentro da nossa folha de pagamento”, disse. De outro lado, segundo ele, você precisa estimular a arrecadação do estado para que a gente consiga ter o recurso para fazer frente a esses pagamentos. Não tenho dúvida que viabilizando o crescimento do estado, inclusive com essas parcerias de iniciativa privada, conseguimos ter, além do ganho futuro, crescimento de arrecadação no curto prazo pelo simples fato do investimento acontecer.

 

Ao falar em nome das entidades organizadoras, o presidente da Acisa, Evandro Silva, disse que para o Estado e o país terem mudanças é necessário o envolvimento de todos. “As entidades empresariais são agentes importantes nesse processo, pois unem as empresas que são quem produz e trabalha no dia a dia e que sentem as dificuldades. Momentos como esse são oportunidades de ouvir as propostas dos candidatos e também de expor nossos anseios e necessidades” declarou, ao salientar que “sem o envolvimento da sociedade como um todo não teremos transformações em nosso país, já que somente os políticos não conseguirão fazer essas transformações. Todos somos responsáveis”, finalizou.

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