“Outro caminho não há senão o arquivamento desta investigação”, a afirmação é do Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Estado, Fabiano Dallazen, sobre os processos instaurados contra o deputado estadual Juliano Roso (PCdoB), a partir da delação premiada de Diógenes Basegio.
A decisão foi publicada no dia 20 e 27 de julho. Na decisão, Dallazen, aponta ausência de provas capazes de comprovar as supostas atividades ilícitas, das quais o deputado era acusado. Os processos foram instaurados após acordo de delação premiada feita pelo ex-deputado estadual, Diógenes Basegio.
Juliano foi investigado por possível apropriação de vencimentos do servidor, Deomar César Henkes, nomeado para cargo em Comissão na Assembleia Legislativa e era questionado quanto a legalidade da atividade exercida pelo funcionário. Em outro processo, Juliano era investigado por suspeita de manter o servidor comissionado, Nilton Cleber de Oliveira, como funcionário fantasma.
A decisão pelo arquivamento se deu diante da inconsistência e fragilidade das provas apresentadas pelo delator.
Conforme relato de Dallazen na decisão fica claro que a deleção foi perseguição política “ [...] acusação aventureira, sem a consistência da responsabilidade social. [...] não havendo indícios probatórios suficientes a comprovar as declarações envolvendo os investigados em atividades ilícitas, tem-se como impertinente a deflagração da persecução criminal, sendo impositivo, como corolário o arquivamento do feito”, analisa Dallazen no documento.
Juliano sempre destacou que a deleção foi motivada por vingança, por ter presidido a Comissão de Ética durante o processo de investigação que culminou na perda do mandato do delator, comprovada pelas denúncias vazias.
“Saio fortalecido e sigo com a minha responsabilidade ética em relação ao mandato que cumpro na Assembleia Legislativa. A justiça foi feita e está claro nos autos do processo que contribui com a investigação e que tal delação nunca teve fundamento. Foi vazia e vingativa. Motivada pelo ódio. Minha consciência sempre esteve tranquila, pois honro os votos que recebi para estar no parlamento. A justiça comprova que jamais tomei uma atitude que pudesse desonrar o meu partido, a minha família, meus amigos e meus eleitores. Aos quais agradeço imensamente pelo carinho, apoio e confiança que recebi ao longo do processo. Sigo firme e com um ânimo ainda maior em continuar a contribuir para uma sociedade mais justa para todos os gaúchos”, finaliza Juliano.
O advogado Rodrigo Vieira, que atuou na defesa do Deputado Juliano Roso, enfatiza que a linha defensiva, desde o início, foi de colaboração com as investigações, exatamente pela confiança na inocência do deputado. Abrimos mão dos sigilos bancário e telefônico do Deputado Juliano, tudo para agilizar a comprovação de que as delações não passavam de vindita política, conclui o advogado Rodrigo Vieira.