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Entrevista com o candidato Alex Necker

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Alex Necker é candidato a deputado federal pelo PCdoBAlex Necker é candidato a deputado federal pelo PCdoB
Alex Necker é candidato a deputado federal pelo PCdoB
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O vereador Alex Necker é candidato a deputado federal pelo PCdoB, indicado por Passo Fundo. Na série de entrevistas que candidatos pelo município, estão respondendo ao O Nacional, ele fala das suas propostas e também da necessidade de representação em Brasília.


ON - Se eleito (a), como será sua atuação no Parlamento?
Alex: É preciso retomar o desenvolvimento econômico e social do Brasil, garantindo os direitos dos trabalhadores e promovendo políticas públicas que possam melhorar a vida dos cidadãos. Isso se faz reivindicando a revogação da Emenda Constitucional que congelou os investimentos em saúde e educação. Nossa atuação no Parlamento, caso eleito, terá como grande foco a retomada de ações propositivas e progressistas.

 

ON - Como o senhor (a) pretende fazer a campanha eleitoral? Focado em que plataformas?
Alex: A exemplo do que ocorreu no processo eleitoral que garantiu a reeleição ao Legislativo, em 2016, esta será uma campanha de muito diálogo, de ações coletivas nas ruas e nos bairros. Nesta campanha nós devemos utilizar bastante as redes sociais, além de panfletagens e mobilizações da militância do PCdoB, que está empenhada também na campanha de reeleição do deputado estadual, Juliano Roso.

 

ON - Passo Fundo tem demandas históricas como superlotação do Presídio Regional, Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) que nunca foi concluída, obra de ampliação do aeroporto, duplicação de rodovias como a ERS 324 e trecho urbano da BR 285. Com quais destas demandas o senhor (a) pretende se comprometer, caso eleito?
Alex: O município apresenta um crescimento econômico, industrial e urbano bastante significativo nos últimos anos, se tornando uma das maiores economias do Estado. Se eleito vamos nos somar aos esforços para assegurar os recursos para a ampliação do Aeroporto, além de construirmos as relações necessárias para que todos os projetos que promovam melhorias para o município e a região sejam executados. Nós precisamos ainda buscar recursos federais em outras áreas, como segurança pública e habitação popular.

 

ON - Cite outras demandas locais ou regional, se for o caso.
Alex: Investimentos em saúde e educação precisam ser permanentes. Passo Fundo tornou-se um polo regional, mas o acesso aos serviços nestas áreas ainda é deficitário. Defender o SUS, os programas de incentivo ao estudo e a inclusão social são outras demandas que nós queremos assumir e trabalhar. Além disso, a habitação popular é uma necessidade urgente.

 

ON - Quanto pretende gastar na campanha e quais materiais serão utilizados? E de onde virão os recursos para cobrir os gastos com a campanha?
Alex: A lei eleitoral permite um gasto de R$ 2,5 milhões, mas é por óbvio que não teremos esse custo, pois a nossa campanha será feita a partir do apoio da militância. Nossos gastos serão feitos basicamente para manter a produção de folders, bandeiras, placas e adesivos, além de mídias digitais e nos veículos de imprensa. Os recursos serão oriundos do Fundo Partidário, recursos próprios e também de doações de pessoas físicas.

 

ON - O senhor conhece o funcionamento da Assembleia Legislativa e do Congresso Nacional?
Alex: São duas instituições políticas que legislam em esferas diferentes, mas que trabalham articuladas para garantir a manutenção de direitos e promover avanços. Costumamos dizer que o fortalecimento dos Parlamentos é o fortalecimento da própria democracia.

 

ON - Na sua opinião, qual a necessidade de representatividade política para uma cidade como Passo Fundo?
Alex: Um município polo como Passo Fundo não pode ficar mais quatro anos sem um representante na Câmara dos Deputados. Tudo depende da política: se vamos ter mais unidades de saúde, se haverá mais escolas de educação infantil, se os empresários terão condições de gerar mais emprego, se as prefeituras irão conseguir melhorar a infraestrutura urbana e rural das cidades. E a boa política precisa de representantes sérios e comprometidos com suas cidades e populações.

 

ON - O que é fazer política na sua visão?
Alex: Fazer política é fazer a sociedade avançar. É garantir que os espaços públicos sejam ocupados. É criar ferramentas de promoção social. É possibilitar que os cidadãos tenham voz e sejam ouvidos em suas reivindicações. Fazer política é pensar no coletivo, trabalhando para fazer com que haja qualidade de vida para todos. E vida com direitos, com acesso a saúde e a educação públicas de qualidade. Fazer política é defender o fortalecimento do SUS e poder levar assistência médica para quem dela precisar. Fazer política é pensar nas diferenças, mas construir projetos de equidade. É criar condições para que as mulheres tenham creches públicas para deixarem seus filhos e ocuparem o mercado de trabalho, é defender a aposentadoria digna e trabalhar em projetos que dêem futuro para os jovens.

 

ON - O Brasil vive uma crise das mais profundas de sua história: qual será sua contribuição, se eleito, para mudar esta realidade?
Alex: A crise econômica somente será resolvida se mudarmos o projeto de nação que está sendo implementado pelo desgoverno de Temer. A entrega das maiores riquezas do país para o capital internacional tem soterrado as políticas sociais e nos colocado, novamente, no mapa da fome e da miséria. O que nós estamos propondo é transformar esse cenário a partir da eleição de um governo soberano e popular, que fomente a geração de emprego e renda. Devolvendo o emprego e criando condições de trabalho digno e com direitos para os trabalhadores que estão desempregados vamos conseguir aquecer a economia e dar início a retomada do crescimento. Romper a barreira da desigualdade, reduzir privilégios das elites econômicas e dar acesso de qualidade a todos os cidadãos aos serviços públicos é o caminho que precisamos e vamos traçar, caso eleito, para mudar a realidade nacional.

 

ON - O que o senhor (a) entende por Oposição? E por base governistas?
Alex: Oposição e Situação são importantes para a organização do nosso sistema partidário e são fundamentais para a vida democrática. Desde o início de nossa trajetória política assumimos que o essencial é ampliar o diálogo entre os setores governistas e oposicionistas, prevalecendo os projetos e as ações que sejam positivas para a coletividade.


Breve apresentação
Iniciei minha trajetória política no movimento estudantil, na década de 1990, quando ingressei na União da Juventude Socialista (UJS) e, em seguida, no PCdoB. Tenho 44 anos. Sou graduado em Direito pela UPF, e fui eleito vereador pela primeira vez em 2012. No processo eleitoral de 2016, fui reeleito como um dos poucos parlamentares que ampliou a sua votação. Também já fui diretor do Hemopasso e secretário de Desporto e Cultura. Na Câmara de Vereadores, exerço a liderança do Governo Luciano Azevedo desde 2013.

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