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Entrevista com o candidato Saul Spinelli

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O vereador Saul Spinelli, é candidato a deputado federal, indicado pelo PSB de Passo Fundo. Líder comunitário, assegura que, se eleito, manterá seu trabalho como sempre fez: ouvindo as lideranas e tomando decisões conjuntas.


ON - Se eleito, como será sua atuação no Parlamento?
Saul Spinelli - Tenho na vida comunitária, politica e profissional da comunicação atuado sempre com diálogo e de modo integrado com as instituições. Acredito que esta é a forma que o Parlamentar deve trabalhar, ouvindo as lideranças constituídas e estando ao lado da sociedade civil organizada. Conversando com a comunidade, discutindo os problemas e procurando soluções. Isto é para mim, um exercício diário.
 
ON - Como o senhor pretende fazer a campanha eleitoral? Focado em que plataformas?
Saul Spinelli - Primeiro quero destacar que a legislação atual é para beneficio exclusivo dos políticos eleitos. A Câmara Federal assim como em outras ações pretende dar um golpe eleitoral. Fundo partidário um escândalo se tratando de um País que falta verbas para educação e saúde. Campanha se faz no dia a dia, com ações práticas que mudem a vida das pessoas. Minha campanha tem sido de reuniões, caminhadas, visitas e o compromisso de defender Passo Fundo e região. Tenho trabalho prestado e acredito estar preparado para representar nosso Estado.

ON - Passo Fundo tem demandas históricas como superlotação do Presídio Regional, Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) que nunca foi concluída, obra de ampliação do aeroporto, duplicação de rodovias como a ERS 324 e trecho urbano da BR 285. Com quais destas demandas o senhor pretende se comprometer, caso eleito?
Saul Spinelli - Todas estas são demandas possíveis de se realizar com a coalização de forças da sociedade e não negação da política. Entidades de classe, lideranças políticas, união da região e pressão ao Governo do Estado e União. Passo Fundo é a 7ª economia do Estado e temos que deixar de lado ideologias no momento de defender uma região que ultrapassa os 2 milhões de habitantes. Historicamente os Governadores do Estado olham e investem na região metropolitana e na Serra. A falta de representação política é um dos motivos para isto.

 
ON - Cite outras demandas locais ou regional, se for o caso.  
Saul Spinelli - A principal desculpa é sempre a falta de dinheiro, mas no caso do aeroporto e presídio sempre foi falta de união e articulação da sociedade. Vejamos pautas como discutir uma política real de apoio aos pequenos empresários, que são responsáveis por grande parte do PIB. Vejamos por exemplo, o credenciamento do SUSAF e SISBI que permitem a venda de produtos para outros municípios e Estados, e que Passo Fundo não tem e com isto perde mercado para outras cidades. Planejamento de curto, médio e longo prazo de nossa cidade no que se refere infraestrutura e novos postos de trabalho. Isto só é possível quando representantes políticos defendam a bandeira da cidade e não de seus partidos. União é a palavra de ordem, de forças políticas e lideranças de classe.
 
ON - Quanto pretende gastar na campanha e quais materiais serão utilizados?
Saul Spinelli - Estou gastando material de divulgação, tais como: adesivos, jornal e panfletos. Divulgação do meu trabalho no site e visitas. Compartilho de que algumas mudanças vieram para melhorar, mas outras inviabilizam a divulgação das candidaturas novas e como já falei beneficiam os velhos políticos de carreira.
 
ON - De onde virão os recursos para cobrir os gastos com a campanha?
Saul Spinelli - Estou procurando doação conforme determina a legislação e gastando bastante a sola do sapato. Estar em reuniões, encontros, entidades e debatendo os problemas da cidade para mim, não é novidade. Quem tem isto como prática não precisa gastar muito em campanha.
 
ON - O senhor conhece o funcionamento da Assembleia Legislativa e do Congresso Nacional?
Saul Spinelli - Conheço e não aprovo, mas a melhor forma de terminar com o atual sistema é demitindo os corruptos, incompetentes e preguiçosos. Isto está nas mãos dos eleitores em outubro. Todos que estão lá foram eleitos, receberam votos. “ Jabuti não sobe em árvore, se está lá é porque alguém o colocou”.
 
ON - Na sua opinião, qual a necessidade de representatividade política para uma cidade como Passo Fundo?
Saul Spinelli - Vejamos que temos mais de cem mil eleitores e hoje sem um Deputado Federal e um Estadual. Marau tem dois Deputados, Carazinho tem Deputado, Santa Maria tem Deputado, Caxias tem Deputado e tantas outras cidades, inclusive menores que Passo Fundo tem representantes. Temos condições de eleger representantes, mas sempre convictos que o desenvolvimento se faz com planejamento e união da região.
 
ON - O que é fazer política na sua visão?
Saul Spinelli - Embora estejamos em uma época da negação da política, nada se movimenta sem política, seja partidária, comunitária, educacional e outras. Esta negação privilegia os maus políticos. Na minha visão, política é debater questões coletivas que consolidem políticas públicas. Não existe boa política sem a participação da população depois do voto, cobrando e se informando das ações dos seus representantes.

 

ON - O Brasil vive uma crise das mais profundas de sua história: qual será sua contribuição, se eleito, para mudar esta realidade?
Saul Spinelli - Quando temos taxas de juros que superam 400% ao ano no Brasil e Portugal não ultrapassa 20% temos que debater isto sim, além de viabilizar a lei Kandir que é um estelionato aos Estados. Quando temos Brasileiros pagando Imposto de renda com salário mensal de R$1,8 mil é uma questão nacional a ser resolvida. Quando não temos projetos de desenvolvimento para diversas regiões do Brasil e um bando de corruptos administrando a Nação, a primeira coisa a se fazer é demitir essa gente e fazer investimentos na educação, segurança e saúde. A sociedade tem que cobrar de todos que integram a máquina pública, efetividade, a começar pelos eleitos e também efetivos. A máquina pública tem que dar resultados, pois os problemas nem sempre estão na falta de recursos e sim no comprometimento das pessoas.
 

ON - O que o senhor entende por Oposição?
Saul Spinelli - Eu nunca entendi muito bem esta divisão de oposição e situação, ou direita e esquerda. Até porque muitos políticos discursam como oposição e votam sempre no governo. Quem Governa tem que ser cobrado, fiscalizado e também apoiado em suas ações positivas. Quem é oposição, ou seja, perdeu as eleições deve junto com as instituições fiscalizar, cobrar e certamente propor aos que estão no Governo. Lamentavelmente nosso sistema eleitoral é viciado e a compra de votos existe porque, de um lado temos o comprador e do outro o vendedor. Os bons não podem se omitir, devem votar, cobrar e se possível atuar na política, pois somente assim mudaremos este país. Reforma política urgente com limitação de reeleição e de certa forma tratar as questões de direitos no público como é no privado, pois com absoluta certeza haveria um equilíbrio neste país.
 
ON - O que o senhor entende por base governista?
Saul Spinelli - Base Governista são aqueles que de fato foram eleitos com os gestores, devem executar ações de políticas públicas e não apenas de uma gestão. Temos em Passo Fundo 23 conselhos ativos, dentre eles, alguns deliberativos e a sociedade não atua como efetivamente poderia atuar e desta forma nortear as ações de quem governa. As APPs nas escolas é outra forma de apoiar os gestores dos educandários e acompanhar as ações na educação, mas infelizmente as reuniões são sempre com os mesmos. A sociedade tem que votar e monitorar aqueles que fazem gestão, isto funciona, pois nada é melhor que gestão compartilhada com a população.


Breve apresentação
Saul Spinelli é lider comunitário há 35 anos, foi presidente da Uampaf, fundador Baitrro Integração, um dos fundadores do Natal Ecológico. Eleito vereador em 2016, hoje é autor de 11 projetos, sendo seis aprovados. Foi secretário da assistência social, presidente da Codepas. É casado com Cleomara e pai das meninas Roberta e Ana Clara.

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