O candidato à presidência Jair Bolsonaro, PSL, passou por cirurgia ontem e seu estado de saúde ´´e grave, mas estável. Ele sofreu atentado e foi ferido gravemente com uma facada na região do abdômen, que resultou na perfuração de órgãos e sangramento. Os médicos do hospital de Juiz de Fora (MG), onde aconteceu o incidência, disseram que o estado de saúde do candidato inspira cuidados. Além dos procedimentos cabíveis ao momento, os médicos optaram por fazer uma colostonomia. Segundo a equipe médica, ele sofreu uma perfuração, mas com várias lesões internas em órgãos que são sobrepostos. Bolsonaro está na CTI do Hospital em Minas, e tão logo haja estabilidade do paciente, deve ser transferido para o Hospital Sírio Libanês. A equipe médica informou ainda que quando Bolsonaro chegou ao hospital ele tinha perda sanguínea grande, baixa pressão arterial e corria risco de vida. As repercussões para a campanha de Bolsonaro serão inevitáveis. Segundo análise preliminar, ele terá dificuldades de participar de atividades externas, pelo menos, no primeiro turno. O atentado ao candidato é inédito em campanhas presidenciais desde a redemocratização do país.
Repercussão
Candidatos que disputam a Presidência da República se manifestaram nas redes sociais sobre o ataque sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro. O candidato pelo PDT, Ciro Gomes, se manifestou pelo Twitter, durante campanha em Caruaru, Pernambuco. “Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam os responsáveis por esta barbárie.
Marina Silva, candidata da Rede, considerou a violência contra Bolsonaro inadmissível e um atentado contra sua integridade física e a democracia. “Neste momento difícil que atravessa o nosso país, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso país. Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor”, declarou Marina.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, também comentou o fato em sua página do Twitter e declarou que espera que Bolsonaro se recupere rapidamente. "Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar", declarou.
O candidato pelo partido Novo, João Amoedo, disse que nenhum ser humano deve passar por qualquer tipo de violência. “É lamentável e inaceitável o que aconteceu com o Jair Bolsonaro. Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato”, disse.
O vice-candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, também se manifestou pelo Twitter. "Repudio totalmente qualquer ato de violência e desejo pronto restabelecimento a Jair Bolsonaro."
Guilherme Boulos, candidato do Psol, criticou o ataque. “A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato.”
Henrique Meirelles, que concorre pelo PMDB, também repudiou o atentato e desejou a Bolsonaro pronta recuperação. “Lamento todo e qualquer tipo de violência. O Brasil precisa encontrar o equilíbrio e o caminho da paz. Temos que ter serenidade para apaziguar a divisão entre os brasileiros.” A candidata do PSTU, Vera Lúcia, repudiou a agressão e considerou “inaceitável esse tipo de coisa em meio à disputa eleitoral em curso”. O candidato do Podemos, Álvaro Dias, também repudiou a violência em sua página do Twitter. “Sobre o episódio da facada no candidato Jair Bolsonaro, quero afirmar aqui que repudio todo e qualquer ato de violência. Por isso, a violência nunca deve ser estimulada. Eu não estimulo”, declarou Dias. “Repudiamos com o mais absoluto vigor o ato de violência, desferido por meio de uma facada, que sofreu agora há pouco o candidato Jair Bolsonaro. A nossa guerra não é contra homens, mas contra principados e potestades", disse o candidato Cabo Daciolo, do Patriota.
Por sua vez, o presidente e candidato do partido Democracia Cristã (DC), José Maria Eymael, emitiu nota de solidariedade a Bolsonaro e repúdio à agressão, classificada como uma “afronta ao Estado Democrático de Direito”. Eymael também disse que a agressão a atinge "de forma vil a toda a nação".
Justiça
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, divulgou repudiando o ataque sofrido por Bolsonaro. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, também manifestou preocupação com atos de violência durante a campanha eleitoral. A ministra também pediu celeridade nas investigações.