?EURoeDefenderei as mulheres e as políticas de inclusão?EUR?

Entrevista com a candidata Mariniza dos Santos

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O PT terá como representante local nas eleições deste ano a ex-secretária municipal Mariniza dos Santros. Ela é candidata a deputada estadual e já se define como uma líder faminista que vai lutar pelos direitos e valorização das mulheres.

 

ON - Se eleita, como será sua atuação no Parlamento?
Mariniza dos Santos- Pretendo articular o papel institucional de propor soluções para os gaúchos, tanto com opiniões públicas quanto através de Projetos de Leis, com a militância em defesa de movimentos que promovam a redução das desigualdades sociais e a ampliação democrática do poder público, com mais participação e transparência. Terei um vínculo orgânico com movimentos que promovam a emancipação feminina e o combate a violência contra as mulheres, especialmente os feminicídios, assim como os que defendem outros direitos humanos feridos diariamente em nossa sociedade. 

 

ON - Como a senhora pretende fazer a campanha eleitoral? Focado em que plataformas?
Mariniza dos Santos - Acredito que o contato direto com o cidadão é a melhor forma de estabelecer um vínculo sincero com eles, articulando isso com a promoção de ideias e opiniões nas redes sociais e a divulgação de materiais gráficos. 

 

ON - Passo Fundo tem demandas históricas como superlotação do Presídio Regional, Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) que nunca foi concluída, obra de ampliação do aeroporto, duplicação de rodovias como a ERS 324 e trecho urbano da BR 285. Com quais destas demandas o senhor pretende se comprometer, caso eleito?
Mariniza dos Santos - Todas estas demandas são importantes. Sobre a reforma do presidio regional e a construção do presidio feminino, que em tese possuem (e possuiriam em outros momentos também) recursos alocados, o desafio é que eles realmente sejam aplicados neste objetivo. Serei vigilante em relação a isso. E dada a ampliação de habitações no entorno da área urbana da ERS 324 e a precariedade desta rodovia, acredito ser essa a obra viária que necessita de investimentos com maior urgência. 

 

ON - Cite outras demandas locais ou regional, se for o caso.  
Mariniza dos Santos - Ampliação e fortalecimento da rede de proteção e assistência a mulheres vítimas de violências. O governo Sartori reduziu todas estas estruturas criadas ou ampliadas no governo Tarso.


 
ON - Quanto pretende gastar na campanha e quais materiais serão utilizados?
Mariniza dos Santos - A campanha irá gastar aproximadamente 60 mil reais em infra-estrutura de comitê, viagens e panfletos que promovam a divulgação do que eu e o PT pensamos, divulgação essa que pretendemos fazer nas redes sociais.

 

ON - De onde virão os recursos para cobrir os gastos com a campanha?
Mariniza dos Santos - Fundo eleitoral e contribuições de cidadãos individualmente, conforme previsão da legislação eleitoral. Acredito ter sido um avanço o fim das doações de empresas para campanhas políticas. Foi a principal fonte de corrupção no país. Temos ainda o desafio de regular o autofinanciamento para impedir o desiquilíbrio com candidatos milionários.


 
ON - A senhora conhece o funcionamento da Assembleia Legislativa e do Congresso Nacional?
Mariniza dos Santos - Sim. Fui assessora parlamentar na ALERGS e sou militante política há mais de 25 anos.


 
ON - Na sua opinião, por que é necessária a representatividade política para uma cidade como Passo Fundo?
Mariniza dos Santos - A representação política tem que ser simultaneamente de ideias representativas de um conjunto de eleitores e também das demandas concretas deles em determinadas regiões. Passo Fundo tem demandas e representa quase 2% dos eleitores gaúchos. 

 

ON - O que é fazer política na sua visão?
Mariniza dos Santos - É construir força suficiente para que uma ideia se transforme em política pública e mantenha-se enquanto tal até que for necessário para transformar alguma coisa que considero importante na sociedade. Como democrata, feminista e defensora de políticas de inclusão, vou trabalhar para ampliar a democracia, emancipar as mulheres e reduzir as desigualdades sociais. 

 

ON - O Brasil vive uma crise das mais profundas de sua história: qual será sua contribuição, se eleito, para mudar esta realidade?
Mariniza dos Santos - A crise brasileira é politica e econômica. Política por que a elite econômica nacional, junto com alguns partidos, grandes meios de comunicação e parcela significativa do judiciário resolveram impor seu projeto para o país sem passar por um processo eleitoral, afastando ilegalmente uma presidente legitimamente eleita para que seus interesses se transformassem em políticas de estado. Econômica por que desde 2015 esta sabotagem desestruturou o papel do Estado como indutor do desenvolvimento para transformá-lo em garantidor de interesses privados, gerando recessão e desemprego. Vou defender em todos os espaços possíveis a restauração democrática e um projeto econômico que gere emprego e desenvolvimento econômico para todos, e não para alguns. Restaurar e ampliar a democracia assim como implementar um projeto econômico que inclua o povo é a solução para a crise. Lutar por isso será minha contribuição. 

 

ON - O que a senhora entende por Oposição?
Mariniza dos Santos - É o processo de construir força, articulando partidos, parlamentares e sociedade para tentar impedir projetos que causem danos a setores ou a maioria da sociedade. O poder público muitas vezes é capturado pra implementar políticas que beneficiem pequenos setores sociais. Pretendemos fazer oposição a essas capturas.  

 

ON - O que o senhor (a) entende por base governistas?
Mariniza dos Santos - A articulação de partidos e parlamentares para defender um projeto eleito. Creio que qualquer governo que não consiga maioria diretamente das urnas tem o dever de tentar viabilizar uma base de apoio no parlamento, mas essa articulação tem que se dar a partir de acordos programáticos e não pela mera troca de cargos.

 

Breve Apresentação

Mariniza dos Santos, tem 52 anos, é empresária. Atua na política partidária há vários anos. Foi secretária municipal do Transporte e Serviços Gerais em Passo Fundo. Também foi dirigente partidária do PT, partido onde sempre esteve filiada. 

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