Gaúchos escolhem o próximo governador

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Neste domingo, 8,3 milhões de eleitores gaúchos retornam às urnas para escolher o futuro presidente do país e também, o candidato que irá governar o Rio Grande do Sul pelos próximos quatro anos. A disputa está entre Eduardo Leite (PSDB), 33 anos, e José Ivo Sartori (MDB), 70, que tenta a reeleição. No primeiro turno, o tucano venceu a disputa com 35,90% dos votos, contra 31,11% de seu oponente. Uma diferença de 286 mil votos. Se as pesquisas se confirmarem nas urnas, a diferença poder ser acima dos 20% favorável a Leite. Na reta final da campanha, o Ibope coloca o candidato do PSDB com 60% da preferência dos eleitores. Sartori se mantém nos 40%.

 

José Ivo Sartori 
Neste segundo turno, o medebista tenta quebrar uma escrita. Desde 1997, quando a possibilidade de reeleição passou a valer no Brasil, nenhum governador conseguiu emplacar dois mandatos consecutivos no Rio Grande do Sul. Um tabu exclusivo dos gaúchos. Para conseguir esse feito, durante toda a campanha Sartori apostou no slogan "O que é melhor: continuar no rumo certo, ou começar do zero outra vez?".
A ideia da continuidade pautou os debates, entrevistas e a propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV, do Gringo, como se autodenomina. Para fundamentar essa proposta, ele investiu no discurso do chamado plano de Regime de Recuperação Fiscal. Uma receita para enfrentar a crise financeira do Estado. Em linhas gerais, trata-se de uma medida, segundo ele, necessária e corajosa, para parar de se gastar mais do que se arrecada.


Entretanto, as decisões tomadas ao longo dos quatro anos de governo tiveram reflexos em vários setores da sociedade e foram muito bem lembradas por seus adversários. Durante toda a campanha, Sartori foi duramente cobrado, principalmente em relação ao parcelamento de salários, aumento de impostos (alíquota do ICMS), e fechamento de fundações. A aprovação ou não dessa política será conhecida no domingo
“Eu procuro perguntar para as pessoas se elas conheciam a situação financeira do Rio Grande do Sul há alguns anos. A resposta é sempre não. Nós abrimos a caixa-preta das finanças estaduais. Hoje, todo mundo sabe que há décadas o Estado gasta mais do que arrecada. Mas nós estamos arrumando a casa e não podemos voltar à estaca zero", destacou, durante passagem por Passo Fundo.


Eduardo Leite
Para conquistar o eleitorado gaúcho, Eduardo Leite apresentou em sua campanha, a experiência como chefe do executivo em Pelotas. Filiado desde os 16 anos, antes de se tornar prefeito, ele se elegeu vereador e desempenhou a função de secretário municipal.
Usando em seus dicursos, termos como 'fórmulas antigas', e 'velhas políticas', contra seus adversários, o tucano iniciou a campanha com apenas 8% das intenções de voto. No final do mês de setembro, às vésperas do primeiro turno, ele assumiu a liderança pela primeira vez, quando obteve, segundo pesquisa Ibope, 30% da preferência do eleitorado, contra 29% de Sartori.

 

Leite defende, entre outras propostas, a redução da carga tributária e o do déficit público gradualmente, através da retomada da responsabilidade fiscal. "O compromisso com o esforço fiscal é condição necessária para se renegociar a dívida junto à União. Já não provemos eficiência na educação,capacidade nos cuidados médicos ou suporte às cadeias produtivas e à atividade econômica em geral. São todas áreas em que a qualidadeestá em queda livre. A única sensação em alta é a de insegurança, é o medo de sair à rua, a constatação da violência crescente e fora de controle", cita em dois trechos de seu programa de governo.

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