O deputado Frederico Antunes (PP), líder do governo, repercutiu o pronunciamento do governador, encaminhando seu discurso às bancadas do MDB e PT, que governaram recentemente o Estado, na busca da construção da convergência para a mudança. Aos deputados de primeiro mandato, concentrados nas bancadas do PSL, NOVO, PODEMOS e DEM, conclamou à “prática da convergência para dar continuidade ao diálogo sobre pontos divergentes”, assunto que o levou à tribuna.
No exercício do sexto mandato parlamentar, Frederico Antunes lembrou das mensagens de cinco ex-governadores e destacou a convergência das diferentes correntes políticas, que “é a necessidade de ouvirmos quem tradicionalmente não consegue estar presente durante os grandes debates neste parlamento, ou quem sabe, em outros espaços que são oportunizados aos segmentos organizados da sociedade, a possibilidade do bom debate”.
Referiu que os 11 milhões de gaúchos têm voz através dos deputados para empreender a mudança, cujo tema central é a crise das finanças públicas, apontou. Valeu-se de termo fronteiriço, a peladura, para definir escassez de recursos, dizendo que “essa é a urgência que vai exigir da Assembleia ação para mudar no sentido das potencialidades naturais do Estado e a retomada do crédito de confiança e fiscal”, situação que “dará condições para o cumprimento das determinações constitucionais de prover saúde, educação e segurança para todos”. Sem isso, “é a desagregação, o desarranjo social”, referindo que esse não foi o caminho de nenhum dirigente dos últimos tempos e desde a Nova República.
Antunes observou que diversas correntes políticas comandaram o Estado e tentaram mudar mas “não conseguiram fazer o que é fundamental”, defendendo a preservação dos acertos, como no caso do governo Sartori, e elogiou a humildade do governador Eduardo Leite em buscar a solução. Para isso, apontou o deputado progressista, a Assembleia precisará da experiência do PT e do MDB, as duas maiores siglas que governaram o Rio Grande do Sul nos dois últimos mandatos, com seus erros e acertos “para fazermos um futuro melhor”, contribuição que dependerá também das bancadas novas, como PSL, NOVO, DEM, PODEMOS e Solidariedade, “todos são fundamentais para que possamos fazer a prática da maioria daquilo que pensamos de forma convergente,” assegurando que a Assembleia estará empenhada em promover a mudança. As divergências, afirmou, serão resolvidas através do diálogo.
Coragem
O deputado Vilmar Zanchin, MDB, disse que o governador demonstrou grande coragem ao falar na abertura do período legislativo, mesmo enfrentando vaias. “Acho que foi um gesto bonito do governador em visitar o parlamento e abordar alguns temas cruciais como venda de estatais. Gostei da atitude dele”, acentuou.
Disposição
Mesmo sem participar da sessão, por estar em Brasília, o deputado Gilberto Capoani, MDB, também elogiou a postura do governador. “Demonstra que o Governador quer o diálogo e entendimento com os demais poderes, em prol do Rio Grande”, disse,