A aprovação da reforma da Previdência será o maior desafio do Congresso na atual legislatura, disse nesta segunda-feira (4) o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Em discurso na abertura dos trabalhos legislativos, Rodrigo Maia disse que a realidade aponta para a “necessidade inexorável” da reforma, ajustando as normas atuais às exigências de dinamização da economia, mas sem impor sacrifícios injustos à população. Eleito para mais dois anos à frente da Câmara no dia 1º (sexta-feira), Rodrigo Maia disse que a aprovação da reforma previdenciária será um indicador seguro para o Congresso aprovar outras mudanças e assumir pautas urgentes, como a reforma tributária, a retomada do crescimento econômico, a redução da violência, o combate à desigualdade e à pobreza.
— Se o país está com inflação controlada e reservas externas, enfrenta baixo crescimento do PIB [Produto Interno Bruto], desemprego, e o desequilíbrio fiscal da União, dos estados e municípios, que vivem crise sem precedentes. Faltam recursos para pagar o funcionalismo em algumas unidades da Federação, o que gera prejuízos para a população. Sete estados já declararam estado de calamidade financeira — afirmou.
Rodrigo Maia disse que o combate à criminalidade do colarinho branco e as propostas relacionadas à segurança pública serão analisadas pelo Congresso levando em conta os diferentes pontos de vista e a capacidade de diálogo. O presidente da Câmara destacou a maior taxa de renovação do Congresso Nacional desde a Constituinte de 1986, e disse que essa transformação também envolve todos os partidos com representação no Parlamento. Rodrigo Maia cobrou responsabilidade e redobrado esforço dos congressistas para o bom andamento dos trabalhos da instituição.
— Seremos capazes de enfrentar os desafios da legislatura e manter a instituição sintonizada com a população. Agora, passada a eleição, teremos condições de retomar o ritmo do Congresso de modo civilizado para solucionar problemas que afligem a maioria dos brasileiros. O Congresso deverá estar sintonizado com a gravidade do momento, os anseios da sociedade e os princípios constitucionais. A democracia representativa é o melhor regime para enfrentar a justiça social. Temos que aperfeiçoá-la, estreitando as relações com o cidadão e as demandas do Brasil — concluiu.