OPINIÃO

Dois meses se passaram

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A última vez que falamos em obras do aeroporto Lauro Kortz foi no começo de março, antes da Pandemia do Cronavírus, quando o senador Luiz Carlos Heinze, PP, revelou na Expodireto de Não-Me-Toque, que a empresa Traçado (vencedora da licitação) e o governo do Estado, sequer haviam encaminhado à Secretaria Nacional de Aviação as adequações exigidas ao projeto para que a obra iniciasse. Por conta disso, o Ministério de Infraestrutura vinha solicitando reiteradamente à Secretaria de Transportes do Estado e à Traçado, que fizessem os ajustes, caso contrário poderia recomendar a extinção do Termo de Compromisso entre Estado e União. Este termo foi assinado ainda pelo governador José Ivo Sartori e a intenção era cortar caminho para elaboração, publicação e execução do edital. Só que a Pandemia cessou a etapa de correção do projeto. Um tanto injustificável, porque é um trabalho que poderia ser feito de forma remota, com reuniões virtuais. O secretário de Desenvolvimento de Passo Fundo, Carlos Eduardo Lopes da Silva não esconde mais a indignação com o que está acontecendo. Perdeu as contas de quantas vezes ligou e pressionou para os ajustes.

Momento preciso

Indispensável dizer que estamos perdendo um tempo precioso, pois o aeroporto está sem operação por conta da Pandemia, o que facilitaria muito para o canteiro de obras. Além disso, representaria garantia de emprego neste momento de dificuldades.

Comparações

O diretor da Faculdade de Medicina da UPF, Paulo Reichert, disse que os médicos e especialistas de Passo Fundo buscarão informações sobre o protocolo adotado pelo município de Chapecó no combate ao Coronavírus. Chapecó tem 220 mil habitantes, um PIB per capita de R$ 41 mil. É o município com o maior número de casos confirmados em SC (quase 700), e com apenas dois óbitos e baixo índice de internação. Há dois hospitais credenciados, o Oeste Regional e o da Unimed, com 20 leitos de UTI, dez em cada hospital. Ontem, a ocupação era de 32% incluindo os leitos de enfermaria.

Realidades

O médico Paulo Reichert, que concedeu entrevista à Rádio UPF ontem pela manhã, observa que a doença causada pelo coronavírus se comporta de forma diferente de um lugar para outro e de uma pessoa para outra. E que este é um momento de observar e tentar entender a lógica do vírus. As comparações numéricas não podem ser feitas de forma irresponsável como se estivéssemos numa disputa ao contrário. De medicina e ciência entendem os médicos e especialistas.

Protocolo ilegal

Recomendação do Ministério da Saúde para uso de cloroquina com azitromicina em pacientes leves de covid-19, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro, é questionada por médicos, não só por ser estapafúrdia, pois não há comprovação científica nem mesmo para os casos graves, protocolo que vem sendo adotado pelos hospitais, mas também sem efeito algum. O médico e advogado sanitarista e professor da USP Daniel Dourado afirma que o pretenso protocolo, que sequer é assinado, tem sentido político, é grave, é contrário a evidências científicas e quer fazer com que as pessoas acreditem que cloroquina cura Covid e que por isso pode acabar com isolamento. E sem evidências científicas é ilegal, diz o especialista. Mais uma panacéia do desgoverno.

Projeções

Presidente do Sindilojas, Jefferson Kura traz uma importante notícia em tempos de pandemia. Os empresários já trabalham com uma redução na projeção de demissões no comércio local. Com as lojas fechadas, os empresários tinham uma perspectiva de demitir entre 10% e 15% dos trabalhadores. Há duas semanas operando com restrições, o movimento, mesmo menor do que em épocas normais, está servindo para manter esses empregos. Na segunda-feira, se for mantida a bandeira laranja para o município, será a vez da abertura dos shoppings, com medidas de distanciamento, 50% da capacidade de atendimento e também de trabalhadores.

Blog

Empresário Erasmo Battistella lançou, esta semana, o blog Biocombustível Avançado. Vai trazer novidades, curiosidades e atualizações do setor.

Rodoviária

O processo de licitação da Rodoviária de Passo Fundo está suspensodesde o dia 3 de março deste ano. A suspensão se deu em razão de impugnação ao Edital, feita por empresa interessada. A Procuradoria Geral do Estado foi ouvida a respeito e requisitou adequações. O processo está agora com o DAER para análise, que poderá lançar novo edital. Outra novela que se estende desde 2012. E desde 2014, o atual concessionário opera com termo de autorização do DAER, porque o prazo de exploração da concessão encerrou naquele ano.

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