O Diretório Municipal do PCdoB em Passo Fundo anunciou, nesta terça-feira (14), em nota, o seu afastamento do governo Luciano Azevedo (PSB) a partir desta semana. O documento afirma que a saída é tranquila e democrática, "respeitando a relação republicana com que conduziu sua política junto ao atual Executivo".
A nota ainda diz que o PCdoB deixa a base fazendo um resgate do período em que esteve como aliado da gestão do PSB. O partido estava no governo desde a candidatura de 2012, quando o vice-prefeito Juliano Roso foi eleito.
O Diretório afirma que a causa é uma urgência em valorizar os aspectos positivos da participação efetiva dos comunistas na gestão municipal e a importância de “liderarmos um novo projeto para a cidade que avance onde ainda não melhoramos. Seguimos nosso compromisso com a população e com o desenvolvimento social, na construção de uma cidade mais humana. São desafios ainda presentes: a falta de luz, água e saneamento básico para todos e todas. Esse compromisso do futuro governante com sua gente tornará a cidade mais sustentável. É preciso preparar a cidade para o envelhecimento, reduzir a burocracia municipal e avançar em uma política de educação integral e moderna”. O documento ainda ressalta o objetivo de criar oportunidades de emprego e renda, estimular o capital empreendedor e a construção de uma cidade mais inteligente e segura. "Para isso é preciso aliar desenvolvimento econômico e redução de desigualdades, pois apenas o avanço coletivo trará conforto a todos nós". O partido cita o enfrentamento ao coronavírus como um desafio e um exemplo da necessidade da união de esforços das esferas de governo e de parcerias público privadas.
Lembrando a atuação na Câmara de Vereadores, o partido afirma ter trabalhado com diálogo pelo bem estar coletivo e pelo progresso, declarando querer manter essa relação. “Esta relação vem sendo nutrida apartir da disposição do Partido em legislar e deliberar pelo que é de interesse coletivo, o que deverá se manter mesmo com a saída dos comunistas do Governo. Ao PCdoB não interessa tornar-se uma oposição cega e odiosa. Nossa forma de fazer política nunca foi e nunca será esta”, reitera a nota.
O documento emitido pelo PCdoB também afirma que a decisão foi impactada pela esfera nacional, criticando a atuação do governo Bolsonaro. "A gestão federal é um desastre. Não há gestão. Há uma políticade morte, mentira e ódio em curso, que o PCdoB repudia. A propagação de ódio sem nenhum avanço na educação, na saúde e no desenvolvimento econômico, cortando políticas para o povo e mantendo privilégios para alguns exigem dos municípios cada vez mais ações que tragam resultados para os/as trabalhadores/as e para aqueles/as que mais precisam. Por defendermos a democracia e compreender, neste momento, que as alianças são importantesq uando temos os mesmos princípios e objetivos, deixamos o governo municipal. Seguimos nosso caminho, convictos de nosso compromisso com a cidade", finaliza a nota.