Deputado federal Márcio Biolchi, MDB, acredita que o Congresso Nacional não terá condições de votar a Reforma tributária neste ano. Embora necessária e urgente, a pandemia e as eleições municipais são fatores que impedem o debate aprofundado do tema e, por consequência, a votação da matéria. O deputado defende que a reforma mais adequada ao país é a possível e o ponto a ser atingido é a simplificação do sistema, unificando o que pode ser unificado. Em entrevista ao programa Café Expresso da Rádio UPF/UPFTV, na quinta-feira pela manhã, o parlamento lembrou que existe uma enormidade de tributos sobrepostos que geram uma interminável discussão no campo judicial. A reforma, disse ele, não pode criar distorções para personagens envolvido. “Não é possível que se crie uma reforma que torne insustentável a vida de de setores da economia, municípios ou estados” advertiu.
O que é possível
Para ele, o melhor caminho é adaptar as boas propostas do Governo a PEC 45 que já vem sendo discutida pela Câmara dos Deputados e que cria mecanismos de compensação tributária que chegam atingir a 100 anos. “Ela unifica até cinco tributos, passou por um processo de depuração e tem mais ou menos os balizadores do que pode ser enfrentado no Congresso. Pegar a PEC 45 e ajustar com as propostas boas do governo, através de um relatório compilado, dará mais chances de aprovação. Votação que só deve ocorrer no próximo ano, no entendimento de Biolchi. Acentuou que o efeito de uma reforma tributária, por mais enxuta que seja, é mais benéfica do que qualquer medida econômica ou política de juros, pela desburocratização e pela facilitação de negócios em relação ao mercado externo. “O Brasil perde a cada ano e mês que deixa de fazer a reforma”, completou.
Conta de luz
Reclamações sobre a conta de luz do mês de julho abarrotam o Procon do Estado e já lideram os chamados no Balcão do Consumidor em Passo Fundo, projeto de Extensão da Faculdade de Direito da UPF. As distribuidoras de energia, no caso do município, a RGE, fizeram uma média da medição dos últimos meses e aplicaram o valor aleatório, para cima. Em algumas situações, três vezes mais o valor que era pago pelo consumidor nos meses anteriores. Por conta disso e por não haver Procon funcionando em Passo Fundo e ação do Ministério Público, o Balcão do Consumidor está reunindo as reclamações em pacotes e enviando para o Procon do Estado. Consumidor que se sentir lesado pode buscar o Balcão que, em matéria de defesa do consumidor, é o único que atua e funciona por aqui.
Renda Brasil
O governo estuda transformar o auxílio emergencial em Renda Brasil, eliminando alguns programas sociais que, na visão do próprio governo, não funcionam. O programa será inserido dentro de um projeto maior denominado Rampa de Ascensão, uma conexão entre programas sociais e geração de emprego. Ainda não se sabe qual é o valor, mas a intenção é que seja maior do que o Bolsa Família, porque R$ 600 fazem toda a diferença para quem ganhava R$ 100. E também não se sabe de onde o dinheiro vai sair.
Mais estado
O governo eleito com o discurso liberal de menos estado, viu no auxílio emergencial uma melhora nos índices de aceitação do presidente Jair Bolsonaro. Já mudou o viés e fará o que criticava nos governos de esquerda. Como a terra é redonda, o mundo dá voltas!
Ozonioterapia
Deputado federal Giovani Cherini, presidente do PL no Estado, e líder da bancada gaúcha na Assembleia Legislativa, sempre foi um adepto às terapias alternativas. É defensor da ozonioterapia via retal, conforme propôs o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, como tratamento para Covid-19. O parlamentar levou a "boa nova" para o ministro interino da Saúde Eduardo Pazuello.
Sofrimento sem fim
“Eu queria estar ali naquela porta do hospital para levar meu filho pra casa. E não vou poder nem enterrar meu filho. Perdi meu filho pra Covid. Essa doença é maldita, veio pra acabar com as famílias”. Trecho do desabafo de uma das líderes comunitárias mais conhecidas em Passo Fundo, Lurdes Puppe, que perdeu o filho Diego para a doença. Mais uma vítima da triste estatística do coronavírus.
Responsabilidade
Todos sabemos que a economia foi afetada enormemente pela pandemia, pessoas perderam o emprego e renda, empresas fecharam. Mas perder uma pessoa da família para a doença, não tem preço que pague. Você que costuma não dar importância para as recomendações sanitárias, que sai sem necessidade e que não se aguenta sem uma aglomeração com amigos e parentes, é responsável pela estatística de mortes que não para de crescer em Passo Fundo. Tenha empatia, se coloque no lugar da Puppe. Sinta a dor que ela tá sentido neste momento com a perda do filho. Todos somos responsáveis e a consciência é o melhor remédio.