A bandeira preta será mantida em todo o Rio Grande do Sul por pelo menos mais duas semanas, até 21 de março. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite, que também manteve suspenso o sistema de cogestão. A decisão foi tomada considerando que os números de contaminação e ocupação da rede hospitalar não recuaram e a manutenção das medidas mais restritivas são necessárias para reduzir a circulação de pessoas, que é a maior causa da propagação do vírus.
Seguindo as orientações previstas nos protocolos da bandeira preta que estão em vigor desde o último dia 27 de fevereiro, a Câmara de Vereadores adequou as atividades do Legislativo Municipal para o formato remoto.
Estão suspensos os atendimentos ao público externo, bem como a realização de reuniões presenciais. Todos os trabalhos no Legislativo, no entanto, seguem seus trâmites normais, tanto no âmbito administrativo quanto o andamento dos projetos de interesse da comunidade, uma vez que as reuniões de Comissões e Sessões Plenárias estão acontecendo de forma online e os servidores trabalham de forma remota. As Sessões Plenárias pode ser acompanhadas através das plataformas digitais da Câmara.
O formato não é novidade na Casa, uma vez que já foi adotado no início da pandemia, em março de 2020, graças ao eficiente sistema tecnológico utilizado pelo Legislativo, que permitiu a continuidade dos trabalhos, sem prejuízos a comunidade, conforme recorda o presidente da Casa, vereador Rafael Colussi (DEM). “A Câmara de Passo Fundo foi uma das primeiras a trabalhar remotamente, o que permitiu que todos os projetos seguissem seus trâmites e todas as deliberações ocorressem normalmente. Da mesma forma, os atendimentos ao público seguiram acontecendo através dos e-mails, telefone, whats app, o que se repete neste momento em que precisamos voltar a forma remota”.
“Não é como gostaríamos, que todos os parlamentares pudessem se manifestar, usar a tribuna, que a comunidade estivesse presente no Plenário, mas estamos acompanhando o aumento dos casos de contaminação e o alto números de mortes, o que nos fez tomar uma decisão em defesa da vida”, reforça Colussi.
Sobre a realidade que se instalou no Estado, Colussi lamentou pelas famílias que perderam entes queridos e pelos que estão sofrendo com os prejuízos econômicos ocasionados pela pandemia, mas reforçou o apelo para que as pessoas respeitem os protocolos de segurança. “Infelizmente o vírus continua forte e precisamos fazer a nossa parte, através do distanciamento social, do uso de máscara, do álcool gel e de todas as precauções que possam significar a continuidade da vida”.