Aeroclube de Passo Fundo adquire simulador de voo

Equipamento qualifica a escola na formação de pilotos para voos por instrumentos

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Um grande evento e um resultado revertido na qualificação profissional. Assim podemos resumir o exitoso “Nos Ares”, realizado há duas semanas pelo Aeroclube de Passo Fundo. Além da propagação da cultura aeronáutica, a grande festa encantou olhares com espetáculos no ar. Porém, os voos panorâmicos e a participação nas vendas da praça de alimentação permitiram canalizar recursos para a entidade. E, como o foco do Aeroclube é a formação e aprimoramento de pilotos, os valores foram investidos na qualificação da sua Escola de Aviação Civil. A opção foi pela aquisição de um moderno simulador de voo, permitindo um upgrade na instrução e colocando a escola em um novo patamar. A partir disso, o Aeroclube de Passo Fundo logo estará homologado para habilitar pilotos para os voos por instrumentos.

 

O simulador

O equipamento adquirido é um MFSim modelo SM172C. O número 172 é indicativo de que o aparelho simula as condições de voo de um Cessna 172, um avião clássico na formação de pilotos. O aparelho, que deve chegar nas próximas horas, estava em Luziânia-GO quase sem uso. O simulador é fabricado pela empresa MFSim, localizada no Parque Tecnológico São José dos Campos. “O cockpit é praticamente o mesmo do Cessna 172”, explica Wellington Tisian, instrutor e coordenador de instrução do aeroclube. O uso de simuladores é importante na formação e aprimoramento de pilotos em vários níveis, especialmente nas empresas aéreas. “O simulador de um Boeing ou Airbus custa quase o valor de uma aeronave”, justifica. Além disso, o custo para os alunos é bem mais acessível, permitindo cumprir exigências em horas de voo sem o custo da hora voada.


Confiar nos instrumentos

“É importante para o futuro piloto confiar nos instrumentos da aeronave e não no seu instinto. Dá segurança, pois no simulador você pode rever e pausar procedimento, trocar informações com o instrutor e repetir as manobras. Num voo normal isso não é possível”, compara Wellington. A simulação é muito próxima à realidade. “Faremos treinamentos com procedimentos reais, cartas de aproximação utilizadas em aeroportos conhecidos”, completou. O equipamento, logo após instalado, passará por uma inspeção da ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil. “Já vem com GNS 430, o que permite simular operações por GPS, como nas cartas RNAV (aproximações por satélite)”.

 

IFR

O simulador é uma necessidade para o Aeroclube homologar seu curso de IFR - Instrument Flight Rules ou, popularmente, voo por instrumentos. É a operação, diurna ou noturna, baseada apenas nas informações dos instrumentos e sem orientação visual. Antes do simulador, o Aeroclube adquiriu um avião Tupi equipado e homologado para operações IFR. “São as exigências da ANAC, pois para o curso de IFR é necessário o simulador”. O instrutor esclarece que uma parte das horas de voo podem ser cumpridas em simuladores. “No curso de Piloto Comercial das 150 horas exigidas 40 são de voo por instrumentos”. Já para o curso de IFR, além da parte teórica de Comercial, o candidato deve passar pela banca da ANAC. Isso na teoria, pois na prática já deverá contar com 50 horas de navegação em rota visual após PP. “Na formação IFR deverá fazer 40 horas, a metade em simulador. No futuro, também serão aceitas horas simuladas para o curso de Piloto Privado (básico)”, complementa Tisian.

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