PF investiga terceira suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro

Ex-presidente foi alvo de operação da PF na quarta-feira

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A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) investigam um terceiro registro falso de vacina contra a covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pelos dados inseridos no sistema do Ministério da Saúde, a imunização teria ocorrido dia 19 de julho, em uma unidade de saúde do bairro Peruche, em São Paulo. A unidade já informou à CGU que Bolsonaro nunca esteve naquele local para ser vacinado.

 

Operação

 

Na quarta-feira (3) o ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Venire que investiga adulteração em cartões de vacinação. A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da ação da Polícia Federal. Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro. 

 

"Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte", disse o ex-presidente ao deixar sua residência em Brasília, acompanhado de seus advogados de defesa.

Foram  cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

 

Ao conversar com jornalistas na saída de sua casa, Bolsonaro disse que decidiu não tomar a vacina depois de ler a bula do imunizante da Pfizer. Ele informou ainda que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou a vacina.

Entre os seis detidos na operação,  está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-assessor.

 

Operação Venire

 

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.

 

FOTO - Ex-assessor de Jair Bolsonaro é um dos seis presos na operação

AGÊNCIA BRASIL

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