Apesar dos números positivos do Estado, Passo Fundo fecha o ano com aumento na criminalidade

Município teve aumento nos homicídios, furtos e roubos

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Governador Eduardo Leite e os secretários Sandro Caron e Luiz Henrique Viana durante coletiva de imprensa - Foto: Maurício Tonetto/SecomGovernador Eduardo Leite e os secretários Sandro Caron e Luiz Henrique Viana durante coletiva de imprensa - Foto: Maurício Tonetto/Secom
Governador Eduardo Leite e os secretários Sandro Caron e Luiz Henrique Viana durante coletiva de imprensa - Foto: Maurício Tonetto/Secom
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Ao contrário dos números gerais do Rio Grande do Sul, que registraram queda nos indicadores da criminalidade em 2023, Passo Fundo teve aumento em praticamente todos os indicadores. A começar pelo número de homicídios, 47 no total no ano passado, contra 32 registrados em 2022. Os furtos passaram de 2.194 em 2022 para 2.389 no ano passado. Chama atenção ainda os furtos de veículos: de 316 para 419 em 2023.

Os indicadores apontam redução no número de estelionatos de 1946 em 2022, para 1.782 no ano passado e também no tráfico de drogas: foram 260 ocorrências no ano passado, contra 282 no ano anteior.

Os números gerais no Estado são mais positivos na avaliação do governo, ao divulgar ontem o relatório de 2023. O Rio Grande do Sul encerrou 2023 com o menor número de crimes contra a vida da série histórica, iniciada em 2010. Com as quedas dos indicadores em dezembro, o acumulado manteve a curva descendente verificada ao longo dos meses e fechou com 1.981 crimes violentos letais intencionais (CVLI), queda de 6,3% em comparação a 2022. Esta é a primeira vez, desde 2010, que o Estado encerra o ano com menos de 2 mil vítimas de CVLI.

Os homicídios no Estado em dezembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, tiveram queda de 15,8%. Em Porto Alegre, a redução foi mais expressiva, 33,3%. No acumulado de 2023, o Estado teve uma queda de 7% nos homicídios, e a capital, de 23,7%.

Em dezembro, os latrocínios despencaram 80%, passando de cinco casos em 2022 para um em 2023. Com essa queda, o crime manteve a redução que vinha apresentando no acumulado, diminuindo 24,5% no ano – o menor número da série histórica. O único latrocínio de dezembro aconteceu no dia 2, e na mesma data a Polícia Civil (PC) prendeu um dos suspeitos. O inquérito foi remetido ao Judiciário com dois indiciados, ambos presos.

Leite atribuiu o recuo da criminalidade à integração entre as forças de segurança. E ressaltou, ainda, a importância da reposição e do aumento do efetivo policial realizados nos últimos anos.

O Secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, destacou o combate incisivo às organizações criminosas como uma das principais estratégias para a redução da criminalidade. "Estamos implementando medidas rigorosas contra o crime organizado. Com ações de inteligência, alcançamos apreensões recordes de armas, drogas, carros de luxo e imóveis, além do bloqueio de contas. A asfixia financeira é essencial para reduzir o poder das organizações criminosas, e as forças de segurança têm atuado com integração e inteligência para ampliar os resultados evidenciados nos indicadores", disse.

O combate ao crime dentro do sistema prisional também foi apontado como uma das causas da redução da criminalidade no Estado. O secretário Viana disse que os investimentos realizados pelo Estado têm tornado as unidades prisionais cada vez mais seguras. “O presídio central foi considerado o pior do Brasil, mas conseguimos demoli-lo e teremos um sistema muito mais seguro. O crime tem sido combatido dentro dos presídios, com aquisição de equipamentos como bloqueadores de sinais de telefone, bloqueadores de drones, câmeras corporais para melhor controle do que entra nas unidades e mais revistas e capacitações. Assim, cada vez mais, poderemos garantir que não se cometam crimes de dentro dos presídios”, avaliou Viana.

 

Foto: Maurício Tonetto/Secom

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