Mais de 460 mil candidatos vão disputar as Eleições 2024

Neste ano, Passo Fundo teve redução de cerca de 120 candidaturas quando comparado ao último pleito municipal

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Foto divulgação José Cruz/Agência BrasilFoto divulgação José Cruz/Agência Brasil
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Na reta final para as Eleições Municipais de 2024, dados atualizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam um total de 463.375 candidaturas registradas em todo o país. Desse número, cerca de 93% são para o cargo de vereador, enquanto pouco mais de 3% são para prefeito e 3% para vice-prefeito.

O índice atual representa quase 100 mil pessoas a menos na disputa quando comparado com o último pleito municipal em 2020, ocasião em que 557 mil concorreram. A queda também é observada em Passo Fundo e no Rio Grande do Sul, estado que registra cerca de 4,5 mil candidaturas a menos.

Entre uma eleição municipal e outra, localmente, o total de candidaturas caiu de 353 em 2020 para 226 agora, incluindo a disputa majoritária e a proporcional. A Prefeitura de Passo Fundo foi disputada por sete chapas naquele ano, enquanto agora três concorrem.

A redução que chama atenção, no entanto, envolve o parlamento municipal. Conforme o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (consulta realizada na tarde de terça, 01), são 220 pessoas que se dispuseram a tentar conquistar uma das 21 cadeiras, ante 339 quatro anos atrás.

Fonte TSE


A advogado Leandro Gaspar Scalabrin analisa que essa redução é consequência direta das reformas eleitorais de 2017 e 2019. “Especialmente a primeira, que estabeleceu uma cláusula de desempenho eleitoral para que os partidos políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e televisão, além de acabar com as coligações para eleições proporcionais e estabelecer cláusula de desempenho para candidatos/as que precisam ter votação mínima de 10% do quociente eleitoral para serem eleitos/as”, explica.

As reformas referidas impõem, por exemplo, que para ter acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita, o partido terá que alcançar, nas eleições para a Câmara dos Deputados, o mínimo de 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um desses estados. A outra opção para o partido cumprir a cláusula de barreira é eleger pelo menos nove deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.

Partidos com mais candidaturas

O levantamento do TSE (considerando atualização feita em 27/09) também oferece um panorama da distribuição partidária em todo o país – veja no gráfico os dados de Passo Fundo.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) lidera com 44.479 candidaturas (9,60% do total), seguido pelo partido Progressistas (PP), com 39.905 (8,61%), e pelo Partido Social Democrático (PSD), com 38.926 (8,40%).

Agremiações como o União, com 36.602 (7,90%), Partido Liberal (PL), com 36.032 candidatos (7,78%), e o Republicanos, com 34.022 (7,34%), também têm presença considerável. Assim como o Partido dos Trabalhadores (PT), que conta com 30.131 candidatos (6,50%), e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que registra 22.094 candidaturas (4,77%).

No outro extremo, partidos com menor expressão, como o Unidade Popular (UP), com 111 candidatos, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), com 36, e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), com 160, juntos, representam menos de 0,1% do total de candidaturas.

Além da análise partidária, o TSE também divulgou dados sobre candidaturas avulsas, sem federação, que representam 84,10% (389.703) do total. Já a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) soma 38.110 candidaturas (8,22%), a Federação PSDB Cidadania tem 27.129 (5,85%) e a Federação PSOL Rede conta com 8.440 candidaturas (1,82%).

Vale destacar que o número final de candidaturas só será definido após a eleição, uma vez que pode ocorrer variação por causa de situações adversas, tais como falecimentos, renúncias, indeferimentos de registros, entre outras circunstâncias.

O gráfico apresenta a distribuição absoluta dos pedidos de registros de candidaturas associados aos diferentes partidos que disputam a eleição em Passo Fundo. - Fonte TSE


Federações partidárias

Instituída pelo Congresso Nacional na Reforma Eleitoral de 2021, conforme a Lei nº 14.208/2021, a reunião de partidos em federações foi criada com o objetivo de permitir às legendas atuarem de forma unificada em todo o país, depois da proibição das coligações para as eleições proporcionais, como é o caso para vereador. Esta será a primeira eleição municipal com a participação das federações partidárias.

As federações criadas funcionam como uma única agremiação partidária e podem apoiar qualquer candidato ou candidata, desde que permaneçam assim durante todo o mandato.

Atualmente, o Brasil conta com três federações partidárias, que abrangem sete partidos, com validade até 2026. São elas: Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), que conta com o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Verde (PV); Federação PSDB Cidadania, integrada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Cidadania (CIDADANIA); e a Federação PSOL REDE, que oficializa a união do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com a Rede Sustentabilidade (REDE).

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