Menos hermanos na região

Tradicional em todo veraneio, movimento de argentinos reduziu em até 40% na rede hoteleira e 15% nas rodovias da região. A desvalorização do peso frente ao real é o principal fator para a redução.

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Bruno Todero/ON

"Dá-me dos". A expressão que virou jargão entre os argentinos no início da década mudou de lado. Agora seriam os brasileiros que poderiam comemorar a valorização do real em comparação com o peso argentino. Na época, os hermanos trocavam um peso por R$ 2, mas hoje a conversão acontece ao contrário. Pior ainda se o argentino resolver trocar a sua moeda por dólares. Nos valores atuais arredondados, é preciso quatro presos para levar uma moeda americana.

Contudo, são poucos os brasileiros que andam festejando a mudança. Na realidade, o fator está sendo decisivo para a redução da quantidade de argentinos que escolheram o litoral brasileiro para passar as férias, e isso reflete diretamente, e de forma negativa, na economia do país. O problema já virou motivo de preocupação inclusive na região de Passo Fundo, local de passagem para muitos que escolhem como destino final as praias do litoral de Santa Catarina.

Na prática, a desvalorização cambial já provoca reflexos na quantidade de carros do país vizinho nas estradas. Segundo dados do pedágio de Carazinho, na BR-285, a redução chegou a 15% no mês de dezembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Foram 1.830 carros entrando (sentido Argentina - Santa Catarina) no pedágio em 2008, contra 1.570 em dezembro de 2009.

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