As principais tecnologias para aumento da produtividade no cultivo da canola no Brasil serão debatidas no IV Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola, que acontece nos dias 3 e 4 de março, no auditório da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS). O evento vai reunir os diferentes elos da cadeia, como pesquisadores, lideranças rurais, produtores, agentes financeiros e representantes das empresas e instituições que fomentam o cultivo de canola.
O nome Canola provém da sigla em inglês CANadian Oil Low Acid e significa "óleo canadense com baixo teor ácido". O ácido em questão é o ácido erúcico, que está em nível considerado saudável, com menos de 2%, pelo governo canadense – um dos países que mais produz e consume óleo de canola mundialmente. Apesar dos benefícios para a saúde humana, o Brasil desperta para um novo mercado da canola: os biocombustíveis.
A área média colhida de canola no Brasil passou de 11.400 hectares, no período 1980-1997, para 32.300 hectares no período 2002-2007. O rendimento de grãos também apresentou crescimento, passando de 906 kg/ha (período 1980-1997) para 1.656 kg/ha (período 2002-2007). Em 2009, a canola ocupou mais de 35 mil hectares no Brasil distribuída nos seguintes estados: RS = 24.552 ha, PR=8.364 ha, MS = 1.565 ha, MG= 450 ha e GO = 200 ha. No Rio Grande do Sul, é cultivada principalmente na região das Missões (34% da área plantada) e Planalto (24%). Toda a produção ainda tem sido destinada a transformação em óleo comestível.
Para o pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Omar Tomm, o crescimento da cultura da canola no Brasil está gradativamente vencendo limitações, que vão desde a necessidade de pesquisa específica para cada região, aperfeiçoamento de máquinas para colheita, até a capacitação da assistência técnica no repasse de informações para proporcionar maior segurança ao produtor. “Esta é a quarta edição do curso de capacitação que busca esclarecer e orientar os diferentes agentes da cadeia produtiva da canola, mostrando tanto as dificuldades quanto as oportunidades da canola. Esperamos que o resultado do nosso esforço seja aumento de área cultivada, estabilidade no rendimento e geração de renda ao produtor capaz de dominar a tecnologia de produção”, conclui Tomm. O curso vai detalhar aspectos tecnológicos, como o corte-enleiramento em substituição à colheita direta, que são decisivos para aumentar o rendimento obtido nas lavouras.
O curso está aberto aos interessados, com inscrições gratuitas e limitadas a partir das 8h, do dia 03/03. A programação completa está no site da Embrapa Trigo, em http://www.cnpt.embrapa.br/eventos. A promoção é do DRS Biocombustíveis (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Passo Fundo; Banco do Brasil; BSBIOS; CMDA; Emater; Embrapa Trigo; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA; Ministério do Desenvolvimento Agrário-MDA; Prefeitura Municipal de Passo Fundo; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, Sindicato Rural de Passo Fundo, Universidade de Passo Fundo).
Tecnologias de canola em discussão
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