Queda do preço mínimo do trigo deixa produtores apreensivos

80% das lavouras já foram implantadas na região. Redução é de 11% em relação ao mesmo período do ano passado

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Redação ON

A implantação das lavouras de trigo na região já chega a 80%. Até o momento já receberam a cultura 142 mil hectares. Em relação ao mesmo período no ano passado esse número representa 11% a menos de área cultivada. Entre os motivos de apreensão dos produtores está a redução do preço mínimo do trigo em 10%, anunciada na última semana. As condições climáticas e o calor fora de época ainda não prejudicam as culturas de inverno.

Conforme o engenheiro-agrônomo da Emater, Luiz Ataídes Jacobsen, o aumento da temperatura registrado nos últimos dias ainda não influencia negativamente as lavouras. "O trigo plantado pode ser encontrado em várias fases, desde germinação, emergência e desenvolvimento", informa. Ele explica que embora as temperaturas não sejam ideais, elas não devem ter grande influência no desenvolvimento da cultura. "Com o calor, acelera-se o crescimento vegetativo, já com o frio, há menor desenvolvimento vegetativo e maior crescimento do sistema radicular", complementa. Nos próximos dias as temperaturas devem cair novamente. "O trigo tem uma longa caminhada ainda e pode, ao longo do período, ter alterações positivas e negativas. Até o momento nada está definido", esclarece.

Uma das situações que deixou os produtores em alerta foi a redução do preço mínimo do trigo em 10% anunciada no dia 23. A adequação, segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, foi consenso no governo e ocorreu em função do alto valor fixado anteriormente. A mudança vigora a partir de 1º de julho e os preços mínimos que serão adotados na região Sul durante a safra 2010/11 vão variar de R$ 19,20, para o trigo brando tipo 3, a R$ 29, 97, o trigo melhorado tipo 1. Apesar da queda, o ministro descarta impacto negativo no setor, pois o preço continua acima do praticado nas principais regiões produtoras de trigo no Brasil.

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