A grande variação de temperatura durante o inverno dificulta o manejo dos suínos e exige do produtor maior cuidado para controlar a pneumonia enzoótica. A doença é crônica e contagiosa, caracterizando-se por uma broncopneumonia catarral que clinicamente se manifesta por tosse seca, atraso no ganho de peso, alta morbidade, e geralmente cursa com complicações broncopulmonares purulentas. O alerta é feito pelo médico veterinário da área de suinocultura da Cotrijal, Alexandre Frizzo.
Pesquisas revelam que ela pode ocasionar perdas econômicas de cerca de 20% sobre a conversão alimentar e até 30% sobre o ganho de peso. Segundo Frizzo, para reduzir os riscos de perdas, o produtor deve estar atento principalmente à temperatura e à umidade dentro das instalações. Oscilação maior que 10° C dentro das instalações provoca estresse com redução do consumo de ração e consequentemente a diminuição na taxa de crescimento dos animais. "Nos dias de grande variação de temperatura o suinocultor deve conduzir adequadamente o manejo das cortinas", alerta. Ele destaca ainda que o ideal é tentar manter a temperatura dentro do alojamento o mais estável possível, evitando, especialmente, correntes de ar frio sobre os suínos. A fonte de infecção mais importante é a porca, que transmite a doença à sua leitegada, logo após o nascimento. Mas esses leitões, quando misturados com outros, no desmame ou no início do crescimento, também podem transmitir a doença via oral.
Outro cuidado importante é diminuir a umidade nas instalações. Alojamentos muito úmidos podem provocar mais frio nos animais, que ao invés de utilizar a ração ingerida para ganhar peso vão necessitá-la para manter o corpo aquecido, reduzindo o seu crescimento.
Baixas temperaturas aumentam incidência de pneumonia suína
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