Cerca de 200 hectares da região são usados para o cultivo da fruta. Dificuldades de comercialização fizeram os produtores diminuir o interesse pela cultura
Leonardo Andreoli/ON
A boa floração apresentada pelos pessegueiros e ameixeiras anunciam uma boa safra. Na região o especo destinado a cultura chega a 200 hectares. Apesar de alcançar bons preços, os agricultores têm diminuído o interesse pela cultura devido as dificuldades de comercialização. As condições climáticas até o momento são favoráveis e não foram detectados problemas com doenças.
A ocorrência de geadas fortes no mês de julho não prejudicaram a floração dos pessegueiros na região. Conforme o agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Ivan Guarienti, em campo se observou uma floração abundante e de ótima qualidade. “O mais importante é que as temperaturas permaneceram estáveis. Quando a floração ocorre nessas condições é um pressuposto de boa produção tanto de pêssego, quanto de ameixa”, destaca. Segundo ele a produção comercial caiu devido dificuldades de mercado e armazenagem. Pêssego e ameixa são frutas que precisam ser comercializadas logo que estejam maduras.
A produção de fruta na região é basicamente utilizada para o consumo in natura. Uma parte as famílias utilizam para fazer conserva. A produção de ameixa é destinada para consumo in natura e alcança bons preços de mercado, mas é uma cultivar difícil de trabalhar. “Os agricultores preferem uva, para fazer vinho, suco, etc”, compara.
Preço do pêssego
Os valores alcançados pelo pêssego compensam, porém é uma das culturas mais sujeitas as adversidades climáticas. “Quando ele está maduro você tem uma semana para vender. O preço é bastante variável, o agricultor consegue em média de R$ 0,60 e R$ 0,80 o quilo”, complementa. A produção se concentra em Passo Fundo, Tapejara, Vila Lângaro e Marau.
Cítricos
A principal cultura frutífera na região é a citricultura. Entre laranja e bergamota a expectativa para o próximo ano é de uma ótima safra. A floração abundante e em período seco diminui a ocorrência de doenças que poderiam derrubar as flores e diminuir a produção. “Devemos colher mais de 200 mil toneladas de citrus na região Norte”, aponta Guarienti sobre a colheita da que está em andamento. Os preços dos cítricos de mesa atraem os agricultores, R$ 0,45 centavos o quilo. “O valor deverá subir com o aumento da temperatura. Na verdade o agricultor deveria esperar até o final de setembro para vender, para alcançar um preço melhor”, sugere. O maior lucro está na produção de cítricos para o consumo em mesa. De acordo com Guarienti o clima da região é um dos melhores do mundo para a produção deste tipo de produto.
Videira
A produção de uvas é a segunda em importância na produção regional de frutas. As parreiras estão em fase inicial de brotação e em breve iniciam a floração. “Se isso ocorrer em tempo seco, teremos no fim do ano uma excelente produção de uvas”, esclarece o agrônomo. Segundo ele as previsões meteorológicas apontam uma primavera seca, com isso a expectativa é de ótimas produção e qualidade da uva produzida.