O Departamento Técnico da Cotrijal concluiu na última sexta-feira, as atividades referentes ao dia de campo sobre culturas de inverno. As ações aconteceram na área experimental da cooperativa localizada junto ao parque da Expodireto Cotrijal.
Ao todo foram quatro dias de trabalhos no campo com a participação de mais de 300 produtores da área de ação da cooperativa. Foram apresentadas informações sobre: novas cultivares de aveia, manejo de nitrogênio em trigo, regulador de crescimento, novas cultivares de trigo, performance das cultivares de trigo em 5 diferentes épocas de plantio, e cultura da cevada.
O coordenador do DETC, Robson Sandri, avalia os dias de campo de maneira positiva e ressalta a participação dos agrônomos e também dos produtores. “Recebemos produtores de toda a área de atuação da cooperativa, e cada um trouxe a sua realidade, e foi com essa troca de experiências que desenvolvemos um bom trabalho”, reforça Sandri revelando que foi possível repassar diversas informações para o sistema de produção, mas que o objetivo real dos dias de campo foi objetivar a próxima safra de culturas de inverno com destaque para a cultura da aveia, cevada e trigo. “A cevada está registrando uma retomada forte na região, os produtores estão mais interessados e pensando nela para a utilização em seus sistemas de produção”, conclui.
A nova realidade dos triticultores imposta pelo governo no que diz respeito a classificação da cultura também foi trabalhado junto aos agricultores. Sandri revela que baseado nessas mudanças foram apresentadas soluções e novidades em tecnologias que vão permitir que o produtor tenha sucesso na cultura para o próximo ano. “Primeiro avaliamos essas mudanças na classificação do trigo como uma ameaça ao sistema de produção. Entretanto ao analisar de médio a longo prazo, isso pode ser a salvação do sistema para a nossa região, pois irá nos impor um padrão de qualidade, e a médio prazo teremos uma nova triticultura atrelada a perspectiva de melhora na comercialização e produtividade”, observa Sandri revelando que os produtores chegam com uma certa insegurança no que diz respeito a essa nova classificação do trigo, mas que após as explicações eles já saem com a certeza de que é possível trabalhar e ter sucesso com a cultura. “Com tecnologia e planejamento é possível enfrentar essa nova classificação”.
Sandri ainda explica que outras questões sobre a cultura também foram debatidas com os produtores, principalmente em se tratando de novas tecnologias e tendencias. “Sugerimos que a utilização da genética e escalonamento para que o produtor possa estar prevenido em relação ao clima. Já na parte de tecnologia, o aumento da utilização do nitrogênio é outra alternativa, mas outra questão importante é a fisiologia da planta, o que com a utilização de reguladores de crescimento para cultivares modernas também tem influenciado na qualidade final de produção”, conclui.