Intoxicação alimentar atinge 70 pessoas em Ciríaco

Causa do problema pode ser o consumo de um embutido produzido por um produtor rural do município e vendido de porta em porta

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Leonardo Andreoli/ON

Pelo menos 70 pessoas tiveram problemas com intoxicação alimentar no município de Ciríaco - há 85 quilômetros de Passo Fundo – desde o último sábado. Todas as pessoas que passaram mal, tiveram em comum o consumo de salame vendido de porta em porta por um produtor do interior do município. A Vigilância Sanitária da cidade investiga as causas do problema.

A situação já está controlada, de acordo com o secretário de Saúde do município, Mateus Ângelo Darroz. “Tivemos quase 70 pessoas com o problema. Agora está controlado, não tivemos nenhum acréscimo de doentes desde a tarde de domingo. Em Ciríaco não temos hospital, temos apenas pronto atendimento. Muitos permaneceram em observação enquanto faziam a medicação e outros foram enviados ao Hospital de David Canabarro”, explica o secretário.

Suspeita
A principal suspeita da Vigilância Sanitária é de que o problema tenha sido causado pelo consumo de salame contaminado. De acordo com os relatos dos infectados, todos consumiram o embutido antes de passarem mal. O produto foi vendido de casa em casa, na última sexta-feira, por um agricultor da cidade.

Segundo Darroz, os exames preliminares apontam para uma infecção bacteriana que causou a gastrenterite nas pessoas.  “As pessoas que ficaram mais fragilizadas foram aquelas que demoraram para procurar atendimento, aquelas que procuraram rápido foram medicadas e em pouco tempo foram liberadas. Não temos o número exato porque muitas pessoas apresentaram os sintomas, foram liberadas, não tiveram a cautela necessária e retornaram tempo depois”, acrescenta.

Investigação
A investigação está em andamento desde sábado quando os casos começaram a ser registrados.  “Estamos pegando relato das pessoas, coletamos amostras do produto e vamos fazer contato com o produtor”, detalha o secretário. Darroz esclarece ainda que Vigilância Sanitária do município atua no comércio em geral e atende a denúncias “Temos a fiscalização rotineira. Se tivéssemos uma denúncia na sexta-feira, quando a pessoa estava vendendo o produto, teríamos investigado. No entanto, como o preço era vantajoso, as pessoas acabaram comprando e consumindo”, reitera.
A Coordenadoria Regional de Saúde dá apoio às investigações para que tudo ocorra dentro da legalidade. Dentro das punições cabíveis para o caso estão multa e até penal . “Acredito que não tenha má fé, as pessoas que compraram eram todas conhecidas do produtor”, opina o secretário. Na área da saúde ele pode ser penalizado com multa se for comprovada a responsabilidade.

Gostou? Compartilhe