Reunião sem avanços

Fetag, sindicatos e associações ligadas aos avicultores estiveram reunidos com a direção da Doux Frangosul na última quinta-feira

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Redação ON

A reunião realizada na tarde de quinta-feira (13) na sede da Doux Frangosul em Montenegro (RS) entre direção da empresa, representantes da Fetag, sindicatos rurais e associações de produtores de frango, não demonstrou avanço, segundo o presidente da Avepenca (Associação dos Produtores de Frango de Passo Fundo), Luiz de Jesus.

Abatido, Jesus conversou com a redação de O Nacional no domingo (16) e afirmou que a situação segue difícil. “A reunião não apontou nenhuma evolução no caso. Não recebemos nenhuma proposta por parte da empresa. Não obtivemos nada que nos animasse”, disse.

Na próxima semana uma nova reunião deverá ser agendada a fim de se encontrar uma solução para a grave crise enfrentada pela Doux Frangosul, que tem afetado a produção de frangos na região de Passo Fundo e em outros pontos do estado.

No dia 5 de janeiro os  produtores integrados decidiram suspender a produção de aves para a Doux nos próximos 60 dias. Na região de Passo Fundo atendida pelo frigorífico da Doux, cerca de 650 integrados produzem frango para a empresa. Os produtores mantêm um contrato de integração avícola, onde eles cedem estrutura e a empresa fornece os pintos e as rações. Quando os animais ficam prontos para o abate, os criadores deveriam receber pela produção, mas na região todos os produtores estão na mesma situação, sem receber pelos lotes desde o início de outubro e, muitos outros, a muito mais tempo. São pelo menos dois lotes sem receber o pagamento e ainda com a irregularidade da entrega da ração. Os constantes os atrasos no pagamento de lotes iniciaram no final de 2008.

Segundo o presidente, a suspensão da produção não resolve o problema, mas é uma maneira de pressionar a empresa, que depende do produto para vender no mercado.  Além disso, muitos entraram na justiça para cobrar o prejuízo ou então solicitaram a rescisão contratual com a empresa. No entanto, conforme Jesus, nenhum produtor da região conseguiu negociar para começar a receber lotes de outros frigoríficos.

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