Problemas com ração atrasam desenvolvimento de frangos

Avicultores da região que não aderiram a paralisação no alojamento de aves da Doux Frangosul registram atraso no desenvolvimento das aves

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Os avicultores da região integrados à Doux Frangosul que não aderiram a paralisação no alojamento das aves têm enfrentado um novo problema. A ração fornecida em forma de farelo tem diminuído o rendimento no ganho de peso das aves. O alimento se fixa nas paredes do silo e das esteiras e não é distribuído uniformemente nos aviários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Alberi Ceolin, o fornecimento da ração está normalizado. O problema está com a forma do alimento que chega como farelo – antes era fornecido em grãos. “A ração acaba grudando no silo e não chega até as aves. Com isso eles acabam ficando alojados até 10 dias a mais nos aviários. Isso gera despesas e perda na conversão”, pontua. Para amenizar o problema os produtores têm percorrido os aviários regularmente para liberar o fornecimento.

Em alguns casos o aumento do consumo de energia chega há 600 quilowatts. Isso gera despesas de aproximadamente R$ 200, sem contar o aumento no consumo de água e do trabalho dos avicultores – somadas, as despesas podem ser acrescidas em R$ 500 por lote. “O animal não adquire o peso suficiente e o produtor ganha menos do que deveria. Além de ter mais custo tem menos renda”, reitera.

Impasses com a empresa
Desde a paralisação no alojamento de aves, os produtores não tiveram avanços nas negociações com a empresa. De acordo com o presidente da Avipenca, Luiz de Jesus, os pagamentos continuam atrasados desde o mês de outubro. “Mantemos a paralisação e fazemos avaliações com a equipe de trabalho montada em assembleia”, diz. Segundo ele os avicultores esperam a definição dos pagamentos por parte da empresa que ainda não foi divulgada. Cerca de 80% dos produtores de frango da região aderiram a paralisação.

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