Obra na Barragem deve ser concluída até setembro

Ernestina: atrasadas há meio ano, em função das condições climáticas, as obras foram retomadas há cerca de um mês

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Leonardo Andreoli/ON

As obras de reforço e reabilitação da Barragem de Ernestina iniciadas em 2009 estão com o prazo para a conclusão atrasados há meio ano. O volume de chuvas e consequente aumento do nível de água são os responsáveis pelo atraso. Há cerca de um mês, as obras foram retomadas, quando a barragem atingiu o nível de segurança necessário. Se as previsões climáticas se concretizarem, ela deve ser concluída até o mês de setembro.

O nível de segurança é necessário para que em caso de chuva a barragem não volte a verter repentinamente, obrigando os trabalhadores a serem retirados do local às pressas. Conforme o engenheiro responsável, Marcelo Frantz, a obra foi retomada no dia 19 de janeiro. “Devido ao grande volume de chuvas ocorridas após a assinatura do contrato para a conclusão das obras de reforço e reabilitação da Barragem de Ernestina, o prazo para conclusão dos serviços necessitou ser aditado por várias vezes, acarretando duas desmobilizações e remobilizações além da execução de serviços extras devido a retrabalhos pelo grande período de paralisações”, esclarece. Segundo ele as previsões são favoráveis para que o prazo seja cumprido, e a nova obra entregue em setembro. “As previsões são de estiagem para os primeiros meses de 2011”, acrescenta.

Histórico
O contrato das obras de reforço e reabilitação da barragem de Ernestina foi assinado em 06 de julho de 2009. O prazo de execução previsto era de 10 meses, com previsão de conclusão inicial para 05 de agosto de 2010. A empresa executora dos serviços é a Empresa Traçado Construções e Serviços, com sede em Marau.

Em 08 de agosto de 2009, 33 dias após o início das obras, a barragem de Ernestina iniciou vertimento, obrigando a empresa a concentrar a execução dos serviços apenas na região das ombreiras esquerda e direita, sem possibilidade de execução dos serviços na região da bacia de dissipação e vertedouro.

Quatro meses depois, face a não existência de mais frente de trabalho, pois a barragem permanecia em vertimento, a Traçado desmobilizou da obra pela primeira vez. A retomada das atividades passou a depender da paralisação do vertimento, bem como da espera de um deplecionamento que garantisse o não reinício de vertimento com pequenas intensidades de precipitação.

O fim dos vertimentos em abril de 2010 e o nível seguro alcançado pelo reservatório para a retomada dos serviços fizeram a CEEE-GT emitir comunicado à Traçado para reiniciar as atividades. O prazo fixado para reinício foi de 15 dias, tendo como limite de reinício o dia 23 de abril de 2010. Nesta data a empresa reiniciou os serviços na região da bacia de dissipação (concretagem de primeiro estágio do vertedouro e detonações para construção da bacia de dissipação). O material retirado das detonações para a bacia de dissipação permitiu a continuidade também dos serviços na região da ombreira esquerda.

Em 19 de junho de 2010 a barragem de Ernestina reinicia o vertimento pela segunda vez desde a assinatura do contrato, fazendo com que os serviços na região do vertedouro e bacia de dissipação fossem novamente interrompidos. A empresa continua a execução dos serviços na região da ombreira esquerda, com o material oriundo das detonações da bacia de dissipação e previamente depositado à margem esquerda.

Em 28 de julho de 2010 as obras são paralisadas pela segunda vez por causa do vertimento da barragem que impossibilitou a continuidade dos serviços de detonação para construção da bacia de dissipação.

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