Leonardo Andreoli/ON
Um pedaço da história de Getúlio Vargas passa despercebido por muitas pessoas que transitam pela Rua Senador Salgado Filho, na altura do número 420. Um poste de iluminação pública é a única parte que restou de uma ponte e deverá ser considerado o primeiro patrimônio histórico da cidade. A proposta é analisada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (Smecd), por meio do Conselho de Cultura.
A proposta para o tombamento foi apresentada pelo vereador Dinarte Afonso Tagliari Farias. “Esse poste não é só de iluminação, faz parte da arquitetura de uma antiga ponte. Ele traz uma lembrança e faz com que saibamos que ele é um marco”, justifica. A ponte foi inaugurada em 1950 e conforme a cidade cresceu o leito do Rio Ubaúna foi desviado e a ponte soterrada. “Sobrou somente o poste de iluminação pública. Antigamente esse local era um dos poucos pontos iluminados da cidade. As pessoas andavam de bicicleta, as crianças brincavam e as pessoas se reuniam”, conta.
Acidente
Um acidente em junho de 2010 quase destruiu a peça histórica. Um caminhão bateu e danificou o poste. A prefeitura revitalizou a luminária. A preocupação de Farias é de que essa parte da história não seja destruída. A cidade ainda não possui nenhum bem tombado como patrimônio histórico. “Precisamos começar a pensar em outras iniciativas para qe coisas históricas sejam preservadas”, reforça.
No ano passado, durante as escavações para a construção de uma loja, foi encontrada parte da estrutura da ponte original. Para ser aprovado, o projeto depende da avaliação do Conselho de Cultura. A luminária deve ainda passar por um processo de restauração para recuperar todas as características originais.
Instituto Histórico
O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, Neivo Fabris, é favorável ao tombamento. “Penso ainda que a sugestão do vereador é pertinente para que a comunidade debata acerca da preservação de imóveis que remontam ao início da colonização ocorrida a partir de 1910 e que deu origem a cidade de Getúlio Vargas”, finaliza.