Diminuir custos para o produtor rural, de modo que ele tenha um produto competitivo no mercado é uma das metas de trabalho na Secretaria Estadual de Infraestrutura. Sob coordenação do passo-fundense Beto Albuquerque, a pasta estuda a duplicação das rodovias do Rio Grande do Sul, bem como pavimentação nos acessos aos municípios e, junto com o governo federal, planeja um estudo de viabilidade da reintrodução das ferrovias.
"A nossa tarefa na área de infraestrutura que dialoga com o setor da agricultura aqui mobilizado e reunido é dar condições de transporte, porque o custo com o transporte aumenta o valor final do produto e quanto mais custos, menos competitivo ficam os setores produtivos da área da agricultura e da exportação", ressalta Albuquerque. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é um estado que ainda está muito atrasado no que diz respeito à pavimentação de rodovias. "Nós temos 106 cidades que ainda não têm acesso asfáltico. Dos 12 mil quilômetros de estrada que existem no Rio Grande do Sul, temos apenas 390 quilômetros duplicados, ou seja, nós temos um déficit muito grande de estrutura", avalia o secretário.
Além disso, a inexistência de uma ferrovia encarece mais o custo com transporte. "Estamos lutando com o governo federal para projetar e fazer uma ferrovia que corte o Rio Grande do Sul em direção ao porto de Rio Grande, porque a agricultura dialoga muito com exportação e porto sem ferrovia, dependendo apenas de rodovias, é um porto caro, o produto fica caro, sem competitividade", destaca Albuquerque.
Estes temas foram o mote da participação do secretário na 12ª Expodireto Cotrijal. "Estamos aqui também para discutir com todo setor, para apresentar os nossos projetos, nossos planos, os planos que o governador Tarso Genro está coordenando, os financiamentos com o Banco Mundial, com o BNDES que estamos prospectando para melhorar a malha, fazer os acessos municipais, duplicar rodovias, como é o caso de Passo Fundo-Marau-Casca, que já estamos fazendo o projeto e que é um exemplo de esgotamento viário", enfatiza Albuquerque, lembrando que o momento é de colher pautas e reivindicações que melhorem o escoamento da produção do Estado.
Inovação
Além de aplaudir a Expodireto, Beto Albuquerque lembrou que a feira é sinônimo "do êxito que associa agricultura, inovação e trabalho em todos os níveis, da agricultura familiar ao grande negócio. Então, a Expodireto é o testemunho vivo. Quem vem aqui vê como se pode produzir com sustentabilidade, provocar o desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e com tecnologias cada vez mais apuradas.", destaca o secretário.