A agricultura familiar, setor responsável por cerca de 10% do PIB brasileiro, esteve hoje (15) novamente em evidência na Expodireto Cotrijal 2011, Feira Internacional voltada ao agronegócio que ocorre até sexta-feira (18) em Não-Me-Toque. O 2º Seminário da Agroindústria Familiar promoveu o debate a respeito de questões como a legislação previdenciária e os instrumentos dos quais a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo fará uso para potencializar a área.
O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, lembrou que, além de eventos como o Seminário, a agricultura familiar está representada durante toda a Expodireto no Pavilhão da Agroindústria, onde 713 famílias divulgam e comercializam sua produção em 135 estandes. Apenas ontem (14), primeiro dia da Feira, foram comercializados R$ 43 mil, cerca de R$ 10 mil a mais que no mesmo período do ano passado – as vendas do Pavilhão em 2010 totalizaram, nos cinco dias de Feira, R$ 320 mil.
Para o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, o fato de as agroindústrias familiares estarem presentes na Expodireto reflete o peso deste setor para a economia gaúcha. “Temos um fantástico potencial de crescimento, mas também desafios, e este seminário busca encontrar soluções para estes desafios e potencializar as agroindústrias familiares do Estado”, apontou.
Na pauta do encontro estiveram questões referentes à reestruturação do Programa Sabor Gaúcho e à implantação do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), que busca fortalecer a agroindústria familiar para viabilizar a legalização e a comercialização dos produtos. A assessora jurídica da Fetag-RS, Jane Berwanger, esclareceu as dúvidas dos produtores presentes sobre os direitos dos proprietários de agroindústrias familiares e artesãos junto à Previdência Social.
Já o diretor de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, representante da Secretaria, José Adelmar Batista, apresentou a nova estrutura da pasta, dividida em sete departamentos, que aplicarão cerca de 16 programas e 40 projetos em prol dos produtores familiares gaúchos. “Temos como meta construir um meio rural que, além do espaço da produção e de negócio, seja um lugar para se viver”, afirmou.
Seminário expõe os desafios das agroindústrias familiares
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