A aviação agrícola teve um avanço no Estado no último ano. A expansão e renovação das frotas estão entre os fatores deste crescimento. Das aeronaves utilizadas com esta finalidade produzidas pela Embraer em 2010, 20% foram vendidas para agricultores e empresários gaúchos.
Conforme o gerente comercial da empresa, Fábio Carretto, a aviação agrícola é bastante difundida no Estado. Para ele a agricultura de precisão e a utilização de aviões andam juntas. Pulverizações com o uso de aeronaves trazem uma série de benefícios. A agilidade é uma delas. Ele destaca que a média de cobertura é de 100 hectares por hora que variam de acordo com as características do terreno.
Por não ter contato com o solo, a utilização de aviões influencia ainda na segurança das lavouras, por evitar a transferência de pragas de áreas contaminadas para áreas livres de infestações. Além disso, o solo e as plantas não são compactados e amassados com a passagem. A possibilidade de aplicação independente da condição climática é outro benefício.
Expodireto
A participação da Embraer na Expodireto Cotrijal serve para difundir essa tecnologia. A participação tradicional no evento influenciou positivamente nas vendas e negociações com Argentina, Uruguai e Paraguai. Nesta edição pelo menos duas intenções de compra já são negociadas com a empresa.
A expectativa é de comercializar entre 38 e 40 unidades do Ipanema – avião utilizado para aviação agrícola – em todo o Brasil durante este ano. A aeronave pode ser adquirida com motor a álcool ou gasolina de aviação. No Rio Grande do Sul, a preferência ainda é pelo segundo combustível. A versão movida a etanol utiliza o mesmo combustível dos carros.
Valor
Nos modelos básicos o Ipanema tem valor entre R$ 668 mil e R$ 678 mil respectivamente para motores a gasolina de aviação e a etanol. Nas versões completas, com GPS e difusor de sólidos, entre outros equipamentos, o valor pode chegar a R$ 750 mil.