No Rio Grande do Sul, o cultivo de flores está em expansão e deverá ter um crescimento de 15% em 2011, diz o técnico da Emater/RS-Ascar de Ivoti e vice-presidente da Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori), Laerte José Correa Silva. De acordo com a Aflori, o crescimento do cultivo será em função da estruturação atual do mercado, que permite fornecer com grande facilidade insumos para essa produção.
“Além do baixo investimento e da utilização da mão de obra familiar, há uma forte tendência de aplicação da renda obtida em outras atividades econômicas da família, em embelezamento dos arredores da casa, áreas de lazer e convivência e em espaços diversos da comunidade, tornando-os mais alegres e harmoniosos”, diz Laerte. A produção de flores ou de plantas anuais é uma das atrações do Espaço da Família Rural da Emater/RS-Ascar na Expodireto 2011, com oficinas de caixaria (mudas), apresentação do viveiro e de dezenas de arranjos de flores para embelezamento das áreas em jardins coloridos e paisagísticos.
Para começar na atividade da floricultura, é necessário fazer um levantamento de mercado e montar um projeto de produção que se recomenda ser a partir de flores anuais. “Por ser um projeto de menos investimento e gerar retorno mais rápido”, recomenda o extensionista da Emater/ RS-Ascar.
Conforme Laerte, na floricultura é possível iniciar a comercialização da produção em torno de 50 dias. “O Rio Grande do Sul é o segundo consumidor no Brasil, mas cerca de 70% das flores provém de estados como São Paulo e Santa Catarina, fato que aponta para o potencial de crescimento da atividade”, diz o técnico. Os maiores pólos gaúchos de produção estão no Vale do Caí, Ivoti e Nova Petrópolis que, junto com outros pólos menores, reúnem cerca de 800 produtores “em um mix de produção muito significativo”, ressalta Laerte. As flores mais cultivadas estão uma linha de plantas anuais que incluem o amor perfeito, cravina, sálvia e targetes.
Para a pequena propriedade recomendam-se plantas verdes ornamentais e de vasos para paisagismo, muito procuradas e que podem ser desenvolvidas a baixo custo. As bromélias e orquídeas, que concentram grande número de produtores e colecionadores, são muito valorizadas, assim como as plantas de vasos, potes, flores de corte e plantas de bulbo. “As plantas anuais podem ser comercializadas em pequenas áreas, tem mercado local e com estufas de aproximadamente 100m² são suficientes para começar a produzir”, diz o técnico.
Estruturação do mercado expande cultivo de flores no Estado
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