Quase R$ 1 bi em negócios

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Leonardo Andreoli/ON

O bom momento para o agronegócio brasileiro teve influencia surpreendente na Expodireto Cotrijal 2011. Durante os cinco dias de feira, o volume de negócios efetivados chegou a R$ 984.382 milhões. O montante é 92,14% superior ao alcançado em 2010, ano que detinha a marca recorde de negociações no evento – R$ 512.326 milhões.

O balanço final foi apresentado na tarde de ontem em coletiva de imprensa pelo presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica. Ele destacou a grande safra de milho, aliada a alta produtividade das lavouras de soja que estão sendo colhidas como responsáveis pelas marcas históricas do evento. “Nossos produtores fizeram praticamente 25% de comercialização antecipada garantindo excelentes preços. Os mercados internacionais estão muito bons”, afirmou.

Aliado a isso, os recursos financeiros colocados a disposição na Expodireto, bem como os financiamentos de longo prazo foram fatores que contribuíram para a marca recorde. Mânica lembra que embora o preço das máquinas tenha subido um pouco, as commodities também estão valorizadas. Apenas os bancos presentes no evento - Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Banrisul, Caixa RS, Sicredi e BRDE – financiaram mais de R$ 770 milhões.

Projeção inicial

A projeção inicial apresentada pela organização do evento era de que os negócios fossem superados em 20% em relação ao ano anterior. “Quando anunciamos 20% quisemos ser prudentes. Tínhamos convicção de que alcançaríamos mais de 50%, mas para não criar uma expectativa usamos esse valor”, explica. Os fatores principais dessa comercialização é o bom momento do agronegócio.

Ampliação

A organização do evento já pensa em ampliar a área de expositores no parque de 84 hectares. Segundo Mânica, atualmente pelo menos 60 empresas esperam espaço para expor produtos no evento. Além disso, as que já participam pretendem ampliar os estandes para expor mais produtos. “Nosso grande desafio é acharmos um local para a área internacional, expandir o espaço para as empresas que já participam e fazer uma setorização mais apurada no setor de máquinas, veículos e equipamentos, assim como fizemos com bancos, produção vegetal e animal”, prevê. Para ele, o principal objetivo é crescer sempre sem perder o foco.

China

A participação chinesa foi outro destaque apresentado por Mânica na coletiva. Ele disse que as empresas presentes no evento sinalizaram que a curto prazo pretendem fazer R$ 97 milhões em negócios de commodities na região. A médio e longo prazo, essa comercialização deve chegar a R$ 340 milhões. “Eles vieram buscar parcerias. Temos certeza que esses números podem crescer. A China precisa de muito alimento e ela vem com uma força muito grande”, pontua.

Número de visitantes

A coincidência da realização da feira com o momento da colheita da soja foi responsável pela queda no número de visitantes. Em relação ao ano anterior a diminuição foi de 4,4% -161.110 contra 168.520 da última edição. “Na sexta-feira o tempo nos ajudou e com a chuva da madrugada e da manhã não houve mais colheita e o público veio. Foi o único dia que superou 2010”, esclarece Mânica. A Expodireto 2012 deverá ser antecipada para não coincidir com a época de colheita. A data do próximo evento deve ser divulgada nesta semana, após ser analisada a data de realização da Coopavel, que acontece no Paraná, para que haja tempo hábil para o deslocamento das empresas de um evento para o outro.

 

Números

Setor 2010  2011  Variação

Negócios    R$ 512.326.000    R$ 984.382.000    92,14%

Visitantes  162.520     161.110     -4,40%

Expositores 328   330   0,61%

Colaboradores     749   721   -3,74

Ônibus      846   819   -3,19%

Carros      30.250      28.320      -6,38%

Satisfação do Público   96%   9%    -0,66%

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