Região se mobiliza para ser incluída na Ferrovia Norte-Sul
Comissão foi criada para coordenar o movimento em busca da inclusão da região no traçado da ferrovia que pretende ligar o país de uma ponta a outra
Natália Fávero/ON
Municípios do Norte do Rio Grande do Sul participaram do Seminário Macrorregional realizado em Passo Fundo para tratar da Ferrovia Norte-Sul. O evento promovido pela Frente Parlamentar Gaúcha de Ferrovias e pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística aconteceu na tarde de ontem (01), no auditório da Feac, na UPF. A ferrovia pretende ligar o país de Norte a Sul minimizando custos de transporte de longa distância. Uma equipe formada por parlamentares, vereadores, prefeitos e sindicatos foi criada durante o evento para coordenar as articulações na região. O encontro também foi preparatório para a Audiência Pública marcada para o próximo dia 26, em Porto Alegre, com os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
O objetivo do Seminário foi reforçar a mobilização para incluir a região na Ferrovia Norte-Sul que inicia em Belém, no Pará. Por enquanto, o traçado e as obras estão confirmados até São Paulo, mas já tem recursos no valor de R$ 9 milhões garantidos através do PAC 2, do governo federal, para o estudo técnico, ambiental e econômico até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, salientou que a principal característica da Norte-Sul é a linha reta. Segundo ele, se o projeto seguir essa lógica o traçado passará por Paraná, Chapecó (SC), região de Passo Fundo e Erechim (RS), Pelotas (RS) e Rio Grande (RS). “Não podemos divergir sobre essa lógica da linha reta. Se desviarmos desse conceito podemos ficar fora da ferrovia. O proprietário dos produtos não quer que a carga fique passeando. A linha reta é a menor distância entre dois pontos, diminui custo e tempo. Óbvio que futuramente será possível fazer ramais para a Serra, Centro do Estado e regiões que sejam competitivas economicamente”, salientou o secretário.
A decisão de ampliar a ferrovia até o Rio Grande do Sul foi tomada pela presidente Dilma Rousseff em abril. A licitação para contratar a empresa que fará o projeto de 1,6 mil quilômetros já foi iniciada, mas está suspensa em decorrência de denúncias envolvendo a Valec, que é a empresa que vai empreitar a obra. O secretário acredita que até setembro a empresa seja contratada e o diálogo com os Estados sobre o traçado seja iniciado. “Essa é uma caminhada para os próximos oito anos. O custo total da obra só poderá ser definido através do projeto, mas imagino que custe em torno de R$ 2 bilhões”, declarou Albuquerque.
O deputado estadual Altemir Tortelli (PT) disse que a passagem pela região Norte reduzirá o número de desapropriações e impacto ambiental, o que favorece a implantação. “Existe o trecho ferroviário que vem de Santa Catarina por Piratuba e entra no RS por Marcelino Ramos. Atualmente encontra-se em abandono e sob gestão privada da América Latina Logística. Precisamos que o Estado retome esse trecho. Temos bases técnicas, jurídicas, econômicas e muita força política no governo para beneficiar a nossa região”, destacou o deputado.
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Debate sobre a Ferrosul é deixado de lado
A Ferrosul é uma parceria entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul para criar uma empresa pública com o objetivo de planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos, interligando os estados ao restante do país. Mas, como até o momento, dos quatro estados, apenas o Rio Grande do Sul e Santa Catarina criaram a Lei autorizando a formação da Ferrosul, o governo gaúcho resolveu associar-se ao projeto da Ferrovia Norte-Sul, do Governo Federal considerada a alternativa mais viável para que o Rio Grande seja beneficiado com a tão sonhada ferrovia.
O secretário de Infraestrutura esclarece que a Ferrosul vinha sido discutida quando o governo federal não tinha a intenção de fazer a segunda etapa da norte-sul. “No momento em que ele decidiu fazer a segunda etapa não há motivo para criar uma empresa pública que ainda não tem recursos para fazer a ferrovia e nem o Estado possui recursos para isso”, esclareceu o secretário.
O deputado Tortelli também está convencido que o projeto da Ferrosul está comprometido e estagnado por questões políticas. “A Ferrovia Norte-Sul é a mais viável”, afirmou.
O vereador Juliano Roso (PC do B) que participou de todo o debate da Ferrosul disse que a única preocupação da Norte-Sul é o modelo da ferrovia. “O governo federal tem construído ferrovias e entregado a iniciativa privada administrar. Esse não é o modelo que queremos, porque ela tem que ser colocada a serviço do conjunto da sociedade e não de um grupo privado”, teme o vereador.
Albuquerque ressaltou que esse não é o momento de decidir que vai operar, mas a hora de definir o traçado, mas concorda que a ferrovia não deve ser gerenciada pela iniciativa privada.
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Prefeito Dipp apoia Ferrovia Norte-Sul
O prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp disse que o transporte ferroviário é fundamental para a produção tanto na importação de insumos como na exportação de produtos. Enfatizou que a região Norte está em desenvolvimento e merece um traçado ferroviário que passe por Erechim e Passo Fundo compatível com a agilidade que o setor produtivo necessita. “Isso não significa que municípios próximos como Carazinho, não sejam beneficiados. Eles estarão perto da ferrovia e poderão criar ramais no traçado”, enfatizou o prefeito.
Natália Fávero/ON
Municípios do Norte do Rio Grande do Sul participaram do Seminário Macrorregional realizado em Passo Fundo para tratar da Ferrovia Norte-Sul. O evento promovido pela Frente Parlamentar Gaúcha de Ferrovias e pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística aconteceu na tarde de ontem (01), no auditório da Feac, na UPF. A ferrovia pretende ligar o país de Norte a Sul minimizando custos de transporte de longa distância. Uma equipe formada por parlamentares, vereadores, prefeitos e sindicatos foi criada durante o evento para coordenar as articulações na região. O encontro também foi preparatório para a Audiência Pública marcada para o próximo dia 26, em Porto Alegre, com os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O objetivo do Seminário foi reforçar a mobilização para incluir a região na Ferrovia Norte-Sul que inicia em Belém, no Pará. Por enquanto, o traçado e as obras estão confirmados até São Paulo, mas já tem recursos no valor de R$ 9 milhões garantidos através do PAC 2, do governo federal, para o estudo técnico, ambiental e econômico até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, salientou que a principal característica da Norte-Sul é a linha reta. Segundo ele, se o projeto seguir essa lógica o traçado passará por Paraná, Chapecó (SC), região de Passo Fundo e Erechim (RS), Pelotas (RS) e Rio Grande (RS). “Não podemos divergir sobre essa lógica da linha reta. Se desviarmos desse conceito podemos ficar fora da ferrovia. O proprietário dos produtos não quer que a carga fique passeando. A linha reta é a menor distância entre dois pontos, diminui custo e tempo. Óbvio que futuramente será possível fazer ramais para a Serra, Centro do Estado e regiões que sejam competitivas economicamente”, salientou o secretário.A decisão de ampliar a ferrovia até o Rio Grande do Sul foi tomada pela presidente Dilma Rousseff em abril. A licitação para contratar a empresa que fará o projeto de 1,6 mil quilômetros já foi iniciada, mas está suspensa em decorrência de denúncias envolvendo a Valec, que é a empresa que vai empreitar a obra. O secretário acredita que até setembro a empresa seja contratada e o diálogo com os Estados sobre o traçado seja iniciado. “Essa é uma caminhada para os próximos oito anos. O custo total da obra só poderá ser definido através do projeto, mas imagino que custe em torno de R$ 2 bilhões”, declarou Albuquerque.O deputado estadual Altemir Tortelli (PT) disse que a passagem pela região Norte reduzirá o número de desapropriações e impacto ambiental, o que favorece a implantação. “Existe o trecho ferroviário que vem de Santa Catarina por Piratuba e entra no RS por Marcelino Ramos. Atualmente encontra-se em abandono e sob gestão privada da América Latina Logística. Precisamos que o Estado retome esse trecho. Temos bases técnicas, jurídicas, econômicas e muita força política no governo para beneficiar a nossa região”, destacou o deputado.
Debate sobre a Ferrosul é deixado de lado
A Ferrosul é uma parceria entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul para criar uma empresa pública com o objetivo de planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos, interligando os estados ao restante do país. Mas, como até o momento, dos quatro estados, apenas o Rio Grande do Sul e Santa Catarina criaram a Lei autorizando a formação da Ferrosul, o governo gaúcho resolveu associar-se ao projeto da Ferrovia Norte-Sul, do Governo Federal considerada a alternativa mais viável para que o Rio Grande seja beneficiado com a tão sonhada ferrovia. O secretário de Infraestrutura esclarece que a Ferrosul vinha sido discutida quando o governo federal não tinha a intenção de fazer a segunda etapa da norte-sul. “No momento em que ele decidiu fazer a segunda etapa não há motivo para criar uma empresa pública que ainda não tem recursos para fazer a ferrovia e nem o Estado possui recursos para isso”, esclareceu o secretário.O deputado Tortelli também está convencido que o projeto da Ferrosul está comprometido e estagnado por questões políticas. “A Ferrovia Norte-Sul é a mais viável”, afirmou.O vereador Juliano Roso (PC do B) que participou de todo o debate da Ferrosul disse que a única preocupação da Norte-Sul é o modelo da ferrovia. “O governo federal tem construído ferrovias e entregado a iniciativa privada administrar. Esse não é o modelo que queremos, porque ela tem que ser colocada a serviço do conjunto da sociedade e não de um grupo privado”, teme o vereador.Albuquerque ressaltou que esse não é o momento de decidir que vai operar, mas a hora de definir o traçado, mas concorda que a ferrovia não deve ser gerenciada pela iniciativa privada.
Prefeito Dipp apoia Ferrovia Norte-Sul
O prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp disse que o transporte ferroviário é fundamental para a produção tanto na importação de insumos como na exportação de produtos. Enfatizou que a região Norte está em desenvolvimento e merece um traçado ferroviário que passe por Erechim e Passo Fundo compatível com a agilidade que o setor produtivo necessita. “Isso não significa que municípios próximos como Carazinho, não sejam beneficiados. Eles estarão perto da ferrovia e poderão criar ramais no traçado”, enfatizou o prefeito.