Animais morrem e produção agrícola tem quebra de até 90% na região

Em Vila Maria o prejuízo calculado já é superior a R$ 12 milhões e ainda pode aumentar. Em vários municípios já falta água potável para consumo humano

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A estiagem que castiga o Rio Grande do Sul já fez mais de uma centena de prefeituras decretarem situação de emergência. Na região de Passo Fundo, a produção de milho ainda é a mais prejudicada. Mesmo assim, já são registradas perdas na soja e na produção leiteira. Em Casca, maior produtor de leite do Estado, cerca de 50 animais morreram na última semana em função das altas temperaturas e falta de água. No município, a água de poços artesianos das propriedades já é dividida com os animais para garantir que sobrevivam.

O município já decretou situação de emergência. Conforme o secretário de Agricultura Domingos Cláudio Kujawa a perda com as lavouras de milho é de aproximadamente 80% e na soja se calcula pelo menos 35%, o que ainda pode variar. No leite, a produção já teve queda de 15% e o custo do produtor aumentou na mesma porcentagem. “Os agricultores tinham uma reserva de alimento para o inverno e precisou ser usada neste período. Isso terá reflexos futuros também”, destaca. Além de silagem, ração e feno estão sendo utilizados para alimentar o gado leiteiro, uma vez que cerca de 50% das pastagens foi perdida. No fumo e na fruticultura as perdas são de aproximadamente 40%.

A água de poços artesianos que antes era apenas para o consumo humano agora está sendo destinada também para os animais. A prefeitura busca recuperar fontes e afundar açudes na tentativa de manter a maior quantidade de água possível nas propriedades.

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