Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 12 de janeiro, na Prefeitura de Marau, o prefeito Vilmar Perin Zanchin assinou o decreto de situação de emergência no município de Marau. O motivo é o mesmo de cerca de 230 municípios gaúchos que já estão em situação de emergência: a forte estiagem que vem assolando o estado nos últimos cinco meses.
A Situação de Emergência foi decretada com base em dados levantados pela Secretaria de Administração, Fazenda e Planejamento, junto ao Conselho Agropecuário. Para que fosse possível a decretação, os prejuízos na economia marauense deveriam ultrapassar os 5% do PIB. Com as perdas registradas – cerca de R$ 60 milhões – este número foi atingido com sobras. A situação de Emergência mantém-se por 90 dias, com possibilidade de prorrogação, se a situação não melhorar.
Na lavoura de soja, houve perdas de 45%. Isso representa um total de R$ 35 milhões de reais. O leite também registra recuo de 30% na produção, com prejuízos beirando os R$ 4,5 milhões. Mas, em termos absolutos, é o milho que mais vem sofrendo com a estiagem. Estimativas da EMATER apontam para a perda de mais de 80% da safra, e prejuízo na casa dos R$ 10 milhões. Com as perdas na lavoura, o comércio marauense já sente a redução de 5% nas vendas.
Zanchin avalia a decretação como uma resposta que os agricultores já esperavam. “As entidades devem levar este esclarecimento para os produtores rurais. Com este decreto Marau já pode receber recursos do estado especificamente para amenizar a estiagem”, ressalta. Casos de falta de água no interior também já foram registrados. O principal objetivo da decretação é candidatar-se a recursos de emergência do Governo do Estado. O Secretário de Adminsitração do município, Edgar Chimento, ressalta que Marau buscará recursos para investir em infraestrutura de combate à estiagem. “Haverá fiscalização dos órgãos estaduais quanto à nossa situação. Assim que comprovada nossa realidade, caberá a prefeitura observar medidas de controle, e obtenção de recursos”, conclui.