A possível extinção do município de Santa Cecília do Sul, que tem 1.716 habitantes foi um dos importantes temas debatidos na etapa do roteiro de interiorização da Associação dos Municípios do Nordeste Riograndese (Amunor), desta vez realizada em Santa Cecília do Sul, na quinta-feira, dia 26 de janeiro. O secretário municipal de Urbanismo manifestou a grande preocupação da população com o problema e pediu apoio da Amunor para evitar que Santa Cecília do Sul volte a ser distrito de Tapejara. O presidente da Amunor e prefeito de São João da Urtiga, Ederildo Paparico Bachi, garantiu que buscará o apoio da presidência da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em nome dos 17 colegas prefeitos, para atender a reivindicação dos cecilienses. “Teremos que ver qual será a interpretação da lei, mas a força política e da população deverá falar mais alto. Precisamos lutar para que não haja retrocessos nos municípios gaúchos. Podemos observar que nas localidades emancipadas houve significativo avanço nas comunidades”, assegurou o prefeito Paparico. O evento foi realizado com o apoio da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços (Aciasc) e assuntos de interesse de toda região foram debatidos no encontro.
Na reunião, organizada pelo presidente da Aciasc, Evandro Marcon e equipe, também foram apresentadas as atividades e o planejamento estratégico do Corede Nordeste; o livro dos 50 anos de história da Amunor; a formação do consórcio regional; as melhorias dos quatro hospitais regionais, entre outros. Conduziram os trabalhos o presidente da Amunor e o coordenador da região Nordeste, da Secretaria de Planejamento, Gestão, e Participação Cidadã (Seplag), do governo do Estado, Daltro Beltrame. Participaram do 5º encontro de interiorização da Amunor, secretários municipais; vereadores; empresários; representantes do Sicredi e de cooperativas; presidente da Aciasc; agricultores, e comunidade em geral. Os próximos municípios a sediarem as reuniões da Amunor são Vila Lângaro (com data a definir) e Tapejara, dia 27 de fevereiro.
Cidades que podem ser riscadas do mapa
Os municípios gaúchos, criados por lei em 1996, estão ameaçados por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e podem ser rebaixados à condição de distrito. Segundo estimativa da Famurs, caso a ação seja acatada, o prejuízo será de pelo menos R$ 300 milhões para o Estado do Rio Grande do Sul. Além de Santa Cecília do Sul, que pertence à região da Amunor, as outras 29 cidades que podem voltar a ser distritos são: Aceguá; Almirante Tamandaré do Sul; Arroio do Padre; Boa Vista do Cadeado; Boa Vista do Incra; Bozano; Capão Bonito do Sul; Capão do Cipó; Coronel Pilar; Coqueiro Baixo; Cruzaltense; Itati; Mato Queimado; Pinto Bandeira (já transformado em distrito); Pinhal da Serra; Rolador; Santa Margarida do Sul; São José do Sul; São Pedro das Missões; Westfália; Canudos do Vale; Forquetinha; Jacuizinho: Lagoa Bonita do Sul; Novo Xingu; Pedras Altas; Quatro Irmãos; Paulo Bento; Tio Hugo.
Assecom/São João da Urtiga