O município de Tapejara vai decretar situação de emergência na zona rural devido as perdas da estiagem, intensificadas pelas altas temperaturas que atingiram o município nos meses de janeiro e fevereiro. Estima-se uma perda de 55% na safra de soja, o que significa um prejuízo de R$ 18.634.000,00; 35% na safra de milho, uma perda de R$ 2.887.500,00; e 25% de queda na produção leiteira, totalizando um prejuízo de R$ 819.000,00. Há, portanto, um prejuízo total de R$ 22.340.500,00. Os números fazem parte de um laudo elaborado por técnicos da Emater, apresentado durante uma reunião nesta sexta-feira, dia 24, entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Emater, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Sindicato Rural e Cooperativa Agrícola Tapejara LTDA.
Ainda de acordo com o laudo de novembro de 2011 a janeiro de 2012 as chuvas aconteceram de forma isolada no município, tendo sido satisfatórias em algumas regiões, faltando em outras. Porém, nos dois primeiros meses do ano o problema se generalizou, atingindo todo o município, justamente no período critico de floração e formação de grãos de soja, principal cultura no município.
Além da perda nas lavouras o problema também está no abastecimento de água na propriedade, principalmente nos aviário e para a produção leiteira. Em fevereiro, até o momento, a chuva só totalizou 38 mm. O poder público municipal já começou ações de resposta ao desastre com o emprego de recursos humanos e materiais do município como a abertura de bebedouros de água em no mínimo 100 propriedades e ainda o fornecimento de água às famílias atingidas, em toda a área rural. Além disso, será necessário realizar a limpeza de açudes e nascentes de água. O prefeito Seger Luiz Menegaz informou que na segunda-feira estará em Porto Alegre solicitando ao governo do estado a homologação da situação de emergência. Também irá a Brasília solicitar ao governo o reconhecimento federal de emergência.
Auxílio aos agricultores
Menegaz explicou que a decisão pela decretação da emergência foi tomada levando em consideração os dados coletados pelo relatório da Emater que demonstram que a situação, que já estava precária no inicio do ano, se agravou no mês de fevereiro. “Nós tivemos que tomar esta decisão porque o município fazendo o decreto de emergência estará incluso em recursos e programas destinados aos agricultores, principalmente captando financiamentos, agilizando recursos e projetos para a melhoria da próxima produção. Também, com este decreto queremos agilizar a liberação de um projeto em análise no governo do estado, que possibilita a construção de 15 açudes nas localidades do interior. Apesar de todo o nosso esforço, esperamos que a chuva possa vir reduzindo assim estas estimativas negativas”, destacou.