A estiagem dos últimos meses no Estado contribui para que a irrigação seja um dos principais assuntos da feira de agronegócio que acontece em Não-Me-Toque até sexta-feira (09). Além de liderar os discursos, a irrigação está na mira de muitos agricultores que estão cansados de ter prejuízos, já que a cada dez anos são registrados entre três e cinco secas ou estiagens. O Rio Grande do Sul possui apenas 75 mil hectares de pivô central, um dos sistemas mais utilizados. Especialistas afirmam que o Estado tem capacidade para triplicar esse número, mas falta apoio dos governos e agilidade na questão do licenciamento ambiental.
No estande do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) maquetes mostram os diversos sistemas de irrigação que estão ao alcance dos produtores rurais. Segundo o chefe da divisão técnica do Senar, João Augusto Telles, o agricultor está sentindo a necessidade de implantar sistemas de irrigação e as pesquisas comprovam os benefícios deles. Conforme o Ministério da Agricultura, o incremento de produtividade por meio do sistema por pivô central em uma lavoura de milho, por exemplo, é de 177%. Em ano de estiagem é possível garantir uma produtividade de 228 sacas de milho por hectare com a irrigação. Sem ela, o produtor consegue apenas 20 sacas por hectare. O investimento é pago em aproximadamente dois anos. “A irrigação mantém e aumenta a produtividade nas lavouras”, frisou Telles.
No Rio Grande do Sul existem cerca de 75 mil hectares irrigados por meio de pivô central e mais de 1 milhão de hectares de arroz irrigados através do sistema de inundação
O produtor rural Ari Adams foi até a Feira especialmente para conhecer os sistemas de irrigação. “Estamos analisando para implantar na propriedade do meu irmão. Hoje em dia com essas estiagens não podemos arriscar”, disse o agricultor.
As dificuldades para implantar um sistema ainda é a principal causa para Lena Santos Costa não ter irrigação na sua lavoura. “Ela é importantíssima, mas existe muita burocracia para conseguir a licença ambiental e os custos são muito altos”, declarou a produtora rural.
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